Pronunciamento do Papa Pio XII, em Alocuções sobre as famílias numerosas, em 1958 (parágrafos 14 e 15):
“Somente a luz divina e eterna do Cristianismo ilumina e vivifica a família de tal modo que, seja no início, seja no desenvolvimento, a família numerosa é tida quase sempre como sinônimo de família cristã. O respeito às leis divinas lhe deu a exuberância da vida; a fé em Deus concede aos pais a força necessária para enfrentar os sacrifícios e as renúncias exigidas pela educação dos filhos; o espírito cristão do amor vela sobre a ordem e a tranqüilidade, ao mesmo tempo em que prodigaliza, como que as extraindo da natureza, as íntimas alegrias familiares, comum aos pais, aos filhos, aos irmãos.
“Exteriormente também uma família numerosa bem ordenada é qual um santuário visível: o sacramento do Batismo não é para ela um acontecimento excepcional, mas renova muitas vezes a alegria e a graça do Senhor. Ainda não se encerraram as festivas peregrinações às fontes batismais e já começam, resplandcentes de igual candura, as das crismas e primeiras comunhões. Mal o caçulinha tirou sua pequena veste branca, conservada como a mais cara lembrança de sua vida, e eis que já aparece o primeiro véu nupcial, que reúne aos pés do altar pais, filhos e novos pais. Como primaveras renovadas, suceder-se-ão outros casamentos, outros batizados, outras primeiras comunhões, perpetuando por assim dizer, no lar, as visitas de Deus e de sua graça.
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