A frase "Não há regras estabelecidas quanto à modéstia, cabe o bom senso de cada uma dependendo do ambiente" é comum ouvir dos mundanos e tambémdos falsos apostolados de modéstia de que não existem regras a serem seguidas. Porém, deve-se saber que elas existem, como já citamos nesse principal artigo que fizemos sobre tema: Padrões nas vestimentas femininas, onde citamos alguns pronunciamentos eclesiásticos e autoridades da Igreja (quanto às regras, acesse o artigo para maiores informações). Bem como Padrões e comprimento nas vestimentas; 7 pontos sobre a modéstia; Não devemos seguir regrinhas estabelecidas?; e enfim, Características nas vestes da Mulher Católica. Deixo também como leitura essa postagem da Melissa Bergonso do blog Mulher Católica, que mostra que há sim regras a serem seguidas, e há sim instruções quanto s vestimentas.
Começo com uma orientação de um sacerdote a respeito do assunto. Sabemos que um sacerdote é muito mais conhecedor de moral católica que qualquer leigo como nós, e ele diz que:
“São necessárias regras concretas, sobretudo hoje em que a onipresença de vestes imodestas impede o bom-senso de discernir o que é realmente modesto ou não. Regras abstratas conduziram ao estado de coisas em que nos encontramos hoje. Como já dito, o costume não pode tornar modesta uma veste em si imodesta. Ademais, ninguém é um bom juiz da própria causa, particularmente quando se trata de modéstia”. (Padre Daniel Pinheiro, I.B.P.) [1]
Agora para ilustrar o que o sacerdote disse, reflitam conosco, analisem essa foto, (Annette Kellerman promove o Direito das mulheres ao usar um maiô em 1907. Ela foi presa por atentado ao pudor):
Isso aconteceu em 1907, antes de Nossa Senhora aparecer em Fátima (1917). E nessa época, Nossa Senhora reclama que: “Os homens não ouvem mais a Deus”, e que “se não pararem de ofender a Deus, castigos maiores virão”. Certamente atitudes desta moça, que causou um escândalo público eram o que ofendiam a Deus na época, e tantos pecados mais, principalmente relacionados à carne, porque como bem disse Nossa querida Senhora: “são os que mais levam almas ao inferno”. Pois bem, esse traje aí é maior ainda do que os que os falsos apostolados de modéstia aconselham em suas páginas. E isso prova que eles estão aceitando a degradação da sociedade. Desde essa época tudo veio piorando cada vez mais, depois surgiram os biquínis, as calças, minissaias e hoje shorts e top less. Vendo esse “declínio” percebemos que é preciso estabelecer um limite para que essa degradação não se estenda como vem ocorrendo nos últimos anos. E esse limite é, e sempre será os joelhos e os ombros, que devem ser sempre cobertos. É o que ensina o mesmo sacerdote, listo abaixo algumas frases:
“Alguns pretendem dizer que a moda indecente já é tão comum que ela não provoca mais as paixões desordenadas. Isso é falso. A partir de certo ponto, dizem os moralistas, as vestes indecentes sempre trarão prejuízo para o pudor, para a pureza. Esse limite é justamente os ombros e os joelhos, que devem estar sempre cobertos.” [2] E ainda, em outro artigo:
“Embora haja certa variação em relação às épocas e localidades, há um limite a partir do qual uma veste será sempre imodesta e causará danos para os indivíduos e para a sociedade. Para esse tipo de veste (roupas de banho, minissaias, etc.) dizem os moralistas, é inválida a lei de que o que é comum e habitual não causa paixões. Pio XII dizia que “as vestes devem ser avaliadas não segundo a estimação de uma sociedade em decadência, mas segundo as aspirações de uma sociedade que preza pela dignidade e pela seriedade dos costumes.” Dizia também que “a moda não pode jamais ser uma ocasião próxima de pecado” (Discurso aos participantes do I Congresso de Alta Moda, 8/11/57). Esse limite é posto pelos joelhos e os ombros, que devem estar sempre cobertos, assim como deve estar coberto tudo o que se encontra entre os dois”. [1]
O que nós ensinamos em nosso apostolado é o básico: Cobrir joelhos e partes acima dos joelhos, cobrir os ombros mesmo que com mangas curtas, evitar transparências e roupas colantes, e mulheres usarem saias e vestidos. Isso é o básico de modéstia exterior.
A partir do momento que se aceita um “padrão relativista” como “ah aquela época era escandaloso, hoje não mais” a sociedade continua a degradar, e o que é visto como normal no passado aceita-se de bom grado no presente. Assim como esse traje era escandaloso em 1907, e não mais em 2010. E o que os falsos apostolados e modéstia chamam de escândalo hoje (biquíni, top less), vai ser bem aceito como normal quem sabe em 2060. E quem sabe até “católicas” façam um apostolado de modéstia defendendo o tapa sexo nas praias, visto que lá a nudez completa já seria permitida. Ora, não é porque uma praia de nudismo todos estão nus que quem usar um tapa sexo tá modesto. Agora parece absurdo essas situações para alguns, mas certamente não pensariam assim se prestassem atenção na degradação da sociedade que está sendo imposta desde há tanto tempo, e que está sendo aceita por pela maioria sem problemas. Ouso ainda dizer que o mesmo maiô que levou Annette Kellerman para a prisão por atentado ao pudor em 1907, seria hoje usado para ir a “balada” (usam coisas piores). Ou pior ainda, me parece com alguns modelos que os falsos apostolados citam como ideal de modéstia para as católicas (tem roupas nesses "apostolados" mais indecentes que esse traje, que são aconselhados para serem usados no dia a dia).
Por conta desses problemas vemos que é preciso sim ouvir os sacerdotes e ter um limite estabelecido, e é preciso sim seguir regras e ser obediente aos bons padres do que seguir seu próprio parecer.
A Igreja emitiu regras para evitar a degradação da sociedade?
Sim. Emitiu. Nos artigos acima listados vocês encontrarão maiores informações a respeito do assunto. Entretanto vamos citar o que consideramos essencial para evitar que essa degradação continue.
"Segundo a moral católica, nosso corpo é dividido em partes honestas, semi-honestas e desonestas. As partes desonestas são as partes íntimas e regiões vizinhas. As semi-honestas ou menos honestas são os seios, braços, flancos, pernas, pescoço. As partes honestas são as mãos, os pés e o rosto". [3]
Essa classificação também foi citada pelo Pe. Paulo Ricardo nos seus vídeos de instrução na modéstia no vestir, basta acessá-los no youtube. Ela é extremamente importante para evitar a degradação da sociedade, e para que não se possa achar normal ou comum que as pessoas andem semi-nuas "por questão de costume" ou "porque estão habituados a isso" por exemplo. Estas frases geralmente são ditas pelos mundanos para justificar suas vestes imorais, e também por falsos católicos infelizmente, que ainda precisam ser instruídos sobre a virtude da modéstia. Porém vemos que a própria moral católica condena tais atos.
Por isso é importante seguir regras concretas. Se eu fosse olhar esta classificação com uma visão errada e relativista, eu diria que posso esconder apenas as regiões genitais e o resto “por ser semi-honesta” posso mostrar. Mas não é bem assim, se a região é considerada SEMI honesta é obviamente porque NÃO CONVÉM mostrar. Por isso, nós seguimos regras dos sacerdotes, bispos e cardeais, para que não haja risco nenhum. Quanto mais se aproximar das regiões desonestas MAIS imodesta é a pessoa. Aí fica explicada a necessidade de se esconder os ombros e os joelhos e tudo o que se encontra entre os dois em QUALQUER POSIÇÃO. Se você for se aprofundar nesse assunto verá que os sacerdotes da época, e os atuais, bem como o Vigário do Papa Pio XI, Pe. Pio , Pe. Kunkel dentre outros, não disseram isso por acaso, mas porque conhecem a moral católica de forma plena. E, portanto estamos muito mais seguros em confiar em alguém assim do que em nosso próprio parecer. Essa é mais uma série das Regras nas Vestimentas, que sim são concretas e que alguns insistem em ignorar, ahh o quanto não rasgariam tais escritos se pudessem.
Porque hoje pode-se mostrar os tornozelos e os punhos, sendo que em outra época não poderia? A Igreja permitiu essa mudança?
Sim, houve permissão e até aprovação eclesiástica para essa mudança. As partes semi-honestas são principalmente pernas, tornozelos, braços, e pescoço como foi dito anteriormente. Existe certa tolerância em mostrar ALGUMAS partes semi-honestas segundo sacerdotes doutos em teologia moral. Esta tolerância não foi tirada de nossa mente, mas foi concedida através do Padre Bernard Kunkel, fundador da Marylike Crusade – Cruzada Mariana em prol da castidade e modéstia por meio de imitação da Santíssima Virgem. Cremos ser esta concessão da mais inteira confiança, visto que o Papa Pio XII deu a benção papal ao apostolado do Pe. Kunkel em duas diferentes ocasiões e seus estatutos foram aprovados pela autoridade eclesiástica vaticana – incluindo esta concessão. Portanto, não somos “nós quem nos guiamos” para que mostremos os tornozelos, mas porque A IGREJA permitiu essa tolerância para tornozelos e punhos. Veja também que Tornozelos, punhos e pescoço são partes semi-honestas, porém estão próximas de uma parte HONESTA (pés, mãos e rosto, respectivamente), por isso a concessão foi concedida, entretanto qualquer argumento para mostrar seios, partes das coxas e regiões próximas às regiões genitais devem ser completamente descartadas, pois a Igreja nunca permitiu nem aprovou tais mudanças nas vestimentas. Estas partes são apenas mostradas por pessoas mundanas que muitas vezes desconhecem a virtude da modéstia, e precisam ser instruídas com caridade na verdade. Tais roupas como: leggings, shorts, bermudas, calças dentre outras ferem completamente a moral católica, e são roupas escandalosas que mostram até mesmo "genitais e regiões vizinhas" como a moral católica condena. Aconselhamos a leitura do livro indicado nas referências, do Pe. Teodoro da Torre Del Grecco, um ótimo livro sobre teologia moral. Bons estudos e façam boas leituras!
Salve Maria.
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Fontes:
[1] Pe. - Instrução sobre a modéstia.
[2] Pe. - Modéstia no Vestir.
[3] Compêndio de Teologia Moral. Autor: Padre Teodoro da Torre Del Grecco.
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