Meu Senhor e Meu Deus! Perdoai-nos! |
Tua vaidade quer contemplar o espelho para exaltar teu corpo mortal, tua alma precisa contemplar a Cruz para implantar nela o Caminho da Salvação.
Tantos perdem tempo na frente do espelho para se enfeitar e se encantar. Quantos méritos teria a alma se um bom tempo desses atos fosse para contemplar a Cruz. Foi assim que Santa Ângela de Foligno teve o início da sua santificação, estando ela se contemplando no espelho de repente apareceu nele a Face de Jesus. Depois de chorar de arrependimento pelos pecados da vaidade Jesus lhe falou:
“Redimi estes pecados com Meu Sangue. De fato, para descontar a vaidade dos penteados, dos cremes, dos perfumes com que tornaste bem luzidias, encaracoladas e triunfantes as tuas cabeleiras, os Meus cabelos foram arrancados, a Minha Fronte foi transpassada, a Minha Cabeça foi ferida, chagada, ensopada em Sangue, exposta à chacota sob uma vil coroa de espinhos.
Também pelos pecados do teu rosto, em que tu própria incorreste, perfumando-o e maquiando-o, expondo-o aos olhares impuros dos homens e sentindo prazer com os seus cobiçosos louvores, Eu mesmo te dei o remédio com a Minha dor, uma vez que, em desconto desses pecados, todo o Meu Rosto foi manchado e desfigurado com sórdidos escarros, e as Minhas Faces deformadas e inchadas pelas atrozes bofetadas, tiveram que passar pelo contato de um pano sujo e humilhante.
Pelos pecados dos teus olhos, com que tu olhaste para as coisas vãs e nocivas, sentindo tantas vezes deleite à vista do mal alardeado ou exibido contra Deus, senti os Meus Olhos queimarem-Me pelo amargor das lágrimas e pelo acre do Sangue que, escorrendo da Cabeça, Me punha diante de um obscuro e mudo véu.
Pelos pecados de teus ouvidos, com que ofendeste a Deus, ouvindo coisas vãs e malignas e comprazendo-te nelas, Eu fiz a maior penitencia que se pode imaginar, ouvi palavras mais atrozes e abjetas, as falsas acusações, as repulsas, os insultos, as maldições, as chacotas, as blasfêmias, a iníqua sentença de morte, pronunciada por todo o povo, o que mais Me encheu de angústia, o pranto chorado por Mim na Terra, pela Minha Mãe, dolorida por toda a Minha abandonada dor.
Pelos pecados do teu olfato que sempre se deleitou com flores bem cheirosas e com frescos perfumes, senti Eu, o fedor abominável dos escarros e suportei-os na Minha própria Face, nos olhos e nas narinas.
Pelos pecados das tuas mãos e dos teus braços, com os quais tu cometeste tantas más ações, com os quais tocastes tantas coisas impuras e abraçastes tanta carne, as Minhas Mãos, transpassadas por cavilhas duras e aguçadas, foram pregadas à Cruz, esmagadas e apertadas pelas grossas cabeças dos pregos, tiveram que sustentar o peso desamparado de todo o Corpo.
Pelos pecados do teu coração, tantas vezes agitado… pelo amor impuro, pelas abjetas concupiscências…, o Meu Coração e o Meu Peito, transpassados por uma agudíssima lança, derramaram abundantemente o remédio para curar todas as paixões do coração humano, ou seja, a água para extinguir o ardor das abjetas concupiscências e amores doentios e o Sangue para acalmar as iras, as maldades e os rancores.
Pelos pecados dos teus pés, com os quais dançastes perdidamente e sensualmente, te balançaste neste teu andar peneirento e impensadamente vagueaste, afastando-te do reto caminho e da meta, Ei tive os Meus pés, não ligados por tortuosa corda, mas transpassados e cravados no madeiro da Cruz, com um único, rígido e quadrado cravo; e em vez dos teus sapatinhos de bico e perfurados, os Meus pés foram cobertos pela vermelha rede que sobre eles fazia o Sangue, descendo a riachos da Minhas feridas abertas.
Pelos pecados que tu cometeste enfeitando-te com vestidos, modas e adornos supérfluos, vãos, estranhos e mesmo ridículos, Eu fui colocado na Cruz nu, enquanto a Meus olhos a soldadesca disputava a Minha túnica e a jogava aos soldados; e nu, tal como Nasci da Virgem, estive ao frio, ao vento, ao ar que Me rodeava de todas as partes, estirado e exposto aos olhares dos homens e mulheres, lá bem no alto, a fim de que melhor Me vissem e mais fosse escarnecido e mais sofresse as lancetadas da vergonha.
Eu redimi tudo, fiz penitência total, tudo sofri. Aquele que quiser encontrar a libertação e salvação, quer na tristeza, quer na alegria que Eu permita ou conceda, não afaste nunca os seus olhos do penoso madeiro da cruz.”
Tirado do blog: Maternidade e Modéstia.
ResponderExcluirisso quer dizer que nao me posso maquiar nem ficar bonita que absurdo Deus quer-nós sempre bonitas
sem mais excupolações
Paula, Salve Maria.
ExcluirVocê deveria medir suas palavras, pois o texto não foi escrito por nós, mas sim foi dito pelo próprio Jesus Cristo a Santa Angela, aparição que foi aprovada pela Igreja. E não .. o texto em nenhum momento diz que a mulher não pode se adornar, apenas fala sobre o pecado da VAIDADE presente em quase todas as mulheres. Uma coisa é se adornar de forma pura (para o marido por exemplo), outra bem diferente é a ostentação, vaidade, luxo desnecessário, etc. Informe-se, pois muito já foi dito neste blog, com textos dos santos, como S. Tomás de Aquino, Papa Pio XII dentre outros. Pesquise e informe-se, é muito feio dar opinião sem conhecimento.
Salve Maria Puríssima.
Santa Tereza D AVILA já senhora em seu livro diz que quando lembra o tempo que passava quando jovem lixando a sua unha fica extremamente triste e envergonhada por tanta vaidade. Se para ela lixar unha é muita vaidade imagine se ela vivesse em nossos tempos. Daí se vê o quanto a vaidade nos afasta de Deus e nos aproxima do mundo.
ExcluirComo é que uma pessoa lê a narração da Paixão de Cristo feita pelo próprio Jesus à uma Santa, e a única coisa que ela é capaz de pensar é: "eu tenho que me maquiar porque Deus me quer bonita e maquiada". Fala séeeerio! Toma conta, Virgem Santíssima!
ExcluirCreio que tudo que há excessos irá fazer o mal. Antes de realizar qualquer coisa é interessante perguntar pra que e por que, assim conseguiremos saber onde está nossas falhas.
ResponderExcluirÉ importante dizer que Deus também criou a beleza, deu a inteligencia, e também disse cuidado do corpo e do espirito. Hoje em dia muitas mulheres com auto estima baixa buscam nos aparatos da maquiagem afim de ficar melhores consigo mesma. Nos 10 mandamentos não há nada escrito sobre a mulher buscar a beleza da mesma forma que a rosa buscar atraves dos ventos e o sol se tornar bela e perfumada.
Edel, a beleza não é condenável, pois é criada por Deus. A Vulgaridade é pecado, a beleza pura é santa. É preciso dissernimento para diferenciar.
ExcluirA Vaidade em excesso e para coisas vãs é pecado, de fato, mas a vaidade bem dosada, digamos a mulher se adornar de forma pura não é pecado, as vezes é até um dever nosso! Pois o decoro também é importante.
Os dez mandamentos não falam de ornatos e roupas, mas um dos mandamentos é 'Não pecar contra a castidade' e castidade nesse caso engloba várias coisas, inclusive fazer os homens sentirem ou olharem para uma mulher de forma impura (ou vice versa), o que pode se dar também pelo excesso de vaidade, ou vulgaridade (roupas indecentes).
Portanto, os doutores da Igreja, como S. Tomás de Aquino, explicam isso perfeitamente, ele diz que, NÃO PECA a mulher que se arruma para seu marido, ou a que quer arranjar um marido, mas a que se adorna para excitar a conscupiscência nos homens levianamente pecam mortalmente. O mesmo pode se dizer a respeito dos homens. Tudo bem dosado e com um FIM LÍCITO não é pecado.
Espero ter conseguido esclarecer um pouco. Salve Maria.