Em outro blog já postei meu testemunho completo de conversão ao catolicismo. Neste artigo não pretendo entrar nesse assunto novamente, quem tiver interesse pode ler nesse link citado. Aqui pretendo postar um pouco da minha história a partir da minha mudança de conduta e comportamento, bem como situações que tive que passar, viver, lutar e vencer a partir de que resolvi mudar meu guarda-roupas. Creio ser importante esse testemunho porque estas situações são as que todas nós passamos quando optamos pela modéstia, e quero tentar ajudar outras moças a vencerem suas batalhas como eu consegui vencer e venço a cada dia com a ajuda de Nossa Senhora e Nosso Senhor Jesus Cristo.
Da Imodéstia à Reflexão
Sempre tive boa vontade em agradar a Deus, fui catequista, tentei ajudar as crianças a se aproximarem de Nosso Senhor, nessa época eu nem fazia ideia do que se tratava o tema "modéstia" e nem imaginava que isso era um ensinamento Católico. Lembro bem que na paróquia onde participava foi ordem do bispo vestir todas as meninas com "calça jeans e camiseta" (igual os meninos), e proibiram as meninas de usarem vestidos na primeira comunhão, com o argumento de que "nem todas tinham dinheiro para comprar vestidos bonitos e para não haver competição então padronizaram". Lembro bem que uma mãe foi brigar com a coordenadora porque queria que sua filha usasse vestidos, e eu (ingênua) fui contra a mãe e ainda apoiei a atitude do tal bispo. Se arrependimento matasse estaria eu abaixo de 7 palmos de terra.
Essa época eu usava calças e não somente isso, como também outras peças de roupas imodestas, mas tinha ainda um pouco de bom senso em não usar uma legging por exemplo sem cobrir o quadril. Quando olho as roupas que eu vestia e o que vestem hoje consigo perceber que a degradação da sociedade está acelerada demais, coisas que a 10 anos atrás eu jamais pensaria em colocar é usado nas ruas e até dentro das Igrejas sem nenhuma vergonha (quando não em blogs de "católicos" e ainda dizendo ser modéstia). Lembro uma vez que eu coloquei uma calça jeans apertada, me olhei no espelho e pensei: "nossa como a calça marca o corpo da mulher, como ela delineia as regiões íntimas, isso não é muito decente", creio que esse pensamento só pode ter vindo de Deus, do meu anjo da guarda, pois nessa época nem fazia ideia do termo "modéstia", entretanto alguns segundos depois, saí usando aquela calça e pensei "ah todas usam nas ruas, então não tem problema". Vejam que estas boas inspirações são coisas que vem de Deus, para a nossa mudança de vida, certamente se tivesse um bom sacerdote que me instruísse na modéstia, esse pensamento bom que eu tive seria o primeiro passo para a minha mudança, mas como não tive ninguém continuei no caminho errado.
Como disse eu tinha boas intenções, entretanto não tinha instrução suficiente para mudar, desconhecia o que a Igreja ensinava sobre isso. E também as más amizades me impediram de evoluir nesse quesito, cheguei a fazer parte de um grupo de 'amigos' que zombavam da modéstia no vestir. Lembro que tinha um colega no facebook que fazia questão de me chamar para enviar links dizendo: "olha essa menina faz parte da 'seita da saia', vai lá zombar dela". E eu fazia o que? Eu ia, comentava algo, zombava, apoiava o uso de calças e ficava na minha, mudei minha maneira de me vestir? Não. Usava o que sempre usei, e esse grupinho (que até hoje ainda zombam da modéstia) não foi capaz de um ato de caridade e chegar até mim e dizer que tais e tais atitudes não convinham a um católico, e me ensinar a virtude da modéstia, eles não foram capazes de fazer isso, pois além de desconhecerem a virtude ainda faziam zombarias. E eu fazia zombarias também, enquanto colocava meus decotes e calças coladas.
Obviamente não era apenas minha forma de me vestir que estava errada. Outros pontos da minha vida espiritual estava bagunçada, e é aí que eu vejo que a modéstia exterior é apenas um reflexo da nossa alma. Uma moça imodesta mostra que o seu coração carece de sabedoria e principalmente devoção. Assim diz o Pe. Daniel: "Se vestir mal, reflete uma desordem espiritual, interior." E como isso é verdade! Aquelas roupas que eu usava eram apenas um reflexo de que eu precisava crescer espiritualmente, e eu agradeço a Deus por Ele ser tão bom comigo e sempre me mostrar o caminho correto a seguir.
Quando a moça não é modesta exteriormente, quando ela desconhece essa virtude, também desconhece o resto das virtudes. É como um oceano, você vê a superfície, mas não vê o que está embaixo que é muito mais complexo ainda. Por exemplo: eu desconhecia completamente como deveria agir uma pessoa que quer evitar pecar, a modéstia dos olhos, ou como chama Santo Afonso de Ligório: A mortificação do olhar, eu desconhecia o que os santos ensinam sobre más companhias, conversas que não convém, evitar determinados locais para não pecar, dentre tantas outras coisas que é dever de qualquer bom católico (ler sobre isso também aqui, e aqui). Enfim, tantos outros pontos importantes da modéstia que eu desconhecia que é impossível listar todos aqui. Mas chegou um ponto que uma boa alma me ajudou nesse caminho e foi o primeiro passo para a minha mudança.
A Decisão de mudar
Quando resolvi mudar? Tudo começou com uma visita a um grupo de católicos tradicionais em Curitiba, combinamos com alguns amigos da minha cidade de ir até lá para assistir a uma Missa Tridentina, eu até então, nunca tinha ido a uma missa tradicional. Ninguém me falou sobre vestimentas, simplesmente um seminarista me convidou e eu aceitei. Logo na ida coloquei uma calça jeans e uma blusinha que era um pouco aberta nas costas (veja como eu não tinha noção de modéstia mesmo, pois fui vestida assim perto de um seminarista tradicional, que vergonha!). Fui no mesmo carro com ele, sua mãe e mais um amigo que me acompanhou, chegando lá percebi que a mulher usava saias longas, então na hora me senti um pouco mal, pois estava diferente dela. E lembrei de algumas moças que eu zombava na internet dizendo que faziam parte da "seita da saia".
Na mala eu tinha levado um véu e uma saia longa. Eu levei a saia porque pensei em ir assim vestida na missa? Ou então porque sabia que era modesta? Nem uma coisa nem outra, eu levei porque minha mãe tinha me dado essa saia que eu achei muito bonita e foi só esse o motivo [risos]. Até digo que leva-la foi uma inspiração divina, pois chegando lá na primeira missa absolutamente todas as mulheres usavam saias e vestidos modestos.
No segundo dia, coloquei uma calça (um pouco folgada) porque era na missa e pensei que não era decente ir de jeans. Mas obviamente me senti muito mal, pois era uma das únicas que estava de véu e calças, e até fui comungar assim. Na volta uma boa senhora me explicou sobre o uso de saias pelas mulheres e disse a mim que as moças que eu tinha visto lá não usavam estas roupas somente na missa, mas todos os dias, cotidianamente e me incentivou a mudar. Eu na hora pensei que não mudaria, mas faria um esforço para usar mais saias.
Eu voltei de lá achando tudo muito puro e para mim era outro mundo. Achei que era muito difícil conseguir usar somente saias e minha mente tava muito adaptada com o paganismo dos tempos atuais, com a degradação da sociedade que isso estava longe da minha realidade. Conversei com meu marido a respeito, trocamos ideias e ele me desencorajou de vez, me disse que "não queria que eu usasse somente saias, porque gostava de me ver de calças", e aí que de fato eu pensei "não, não vou mudar, não quero sacrificar meu casamento por isso". Mas como Deus sempre dá um jeito quando é uma boa ação, tudo foi melhorando com o tempo e eu consegui convencer meu marido a aceitar minha mudança.
Primeiro enviei um e-mail a um sacerdote para saber o que ele pensava do assunto e pedir seus conselhos quanto a roupa. Ele me respondeu prontamente e com muito cuidado me dando instruções básicas da modéstia e explicando o motivo das calças não serem convenientes a uma mulher. Quando recebi o e-mail fiquei mais certa de que eu deveria mudar sim, mas ainda estava pensando no assunto. Faltou um "empurrãozinho" para que eu entrasse de vez nesse caminho, e esse empurrão veio de quem eu menos esperava: dos zombadores!
Estava em um grupo sobre o uso do véu, e lá uma moça postou uma foto de uma menina de calças e véu e outra de saia e véu. E eu não critiquei a moça de calças, apenas falei que a que usava saias estava mais adequada para a missa do que a outra, porque saia era mais modesta. Veja que eu não critiquei quem usa calças, apenas disse que uma estava mais adequada que a outra. Foi o suficiente para ser apedrejada, me disseram que eu "não tinha medidor de modéstia" para saber (como se fosse impossível saber quem tá modesta ou não só olhando para a pessoa, veja o absurdo), e outros disseram que eu era doida, e ficaram defendendo que a de calças estava adequada e não tinha nada errado com ela. Vejam o absurdo nesse pensamento. Se você for analisar apenas o que o Pe. Paulo Ricardo pensa sobre o assunto, quem assistiu os vídeos sobre modéstia dele (como as mulheres devem se portar I e II) viu que o próprio sacerdote diz que a saia é a maneira de correta da mulher se vestir e que ele é a favor de um movimento em que as mulheres usem cotidianamente saias e vestidos. Pois foi exatamente o que eu disse no comentário onde fui apedrejada! Tive que sair do grupo e ainda ficaram inventando mentiras de que eu estava "editando os comentários depois de sair" (isso nem é possível, quando você sai do grupo não tem acesso ao conteúdo mais). E continuaram a me caluniar. Só que eu estava conversando com esse meu 'colega' que antigamente zombava da modéstia (conversando inbox), e falei que era um absurdo o que eles estava fazendo, porque a saia realmente era mais modesta que uma calça, e sabem o que ele me respondeu? "Claro que é mais modesta, mas não podemos dizer isso publicamente, não podemos dar o braço a torcer para essa gente".
Bem depois disso vocês já imaginam de que lado fiquei não é? Esse foi o empurrãozinho que eu tanto precisava para minha mudança, e eu devo agradecer muito aos zombadores e caluniadores, se não fossem eles eu jamais teria esse blog hoje, e jamais teria mudado minha maneira de me vestir. Quando isso ocorreu percebi a má fé destas pessoas, que estão a serviço do diabo para desencorajar as moças a mudarem e fazê-las regredirem em sua vida espiritual. São tão falsos que publicamente dizem uma coisa, mas quando estão entre eles dizem o contrário, sabem exatamente o mal que fazem com suas calúnias e maldades. E eu comparei essa atitude com o e-mail maravilhoso que recebi do sacerdote. Quanta diferença nos pensamentos! Sim foi exatamente naquele momento que eu decidi mudar!
Primeiro enviei um e-mail a um sacerdote para saber o que ele pensava do assunto e pedir seus conselhos quanto a roupa. Ele me respondeu prontamente e com muito cuidado me dando instruções básicas da modéstia e explicando o motivo das calças não serem convenientes a uma mulher. Quando recebi o e-mail fiquei mais certa de que eu deveria mudar sim, mas ainda estava pensando no assunto. Faltou um "empurrãozinho" para que eu entrasse de vez nesse caminho, e esse empurrão veio de quem eu menos esperava: dos zombadores!
Foto da minha primeira Missa Tridentina. |
Bem depois disso vocês já imaginam de que lado fiquei não é? Esse foi o empurrãozinho que eu tanto precisava para minha mudança, e eu devo agradecer muito aos zombadores e caluniadores, se não fossem eles eu jamais teria esse blog hoje, e jamais teria mudado minha maneira de me vestir. Quando isso ocorreu percebi a má fé destas pessoas, que estão a serviço do diabo para desencorajar as moças a mudarem e fazê-las regredirem em sua vida espiritual. São tão falsos que publicamente dizem uma coisa, mas quando estão entre eles dizem o contrário, sabem exatamente o mal que fazem com suas calúnias e maldades. E eu comparei essa atitude com o e-mail maravilhoso que recebi do sacerdote. Quanta diferença nos pensamentos! Sim foi exatamente naquele momento que eu decidi mudar!
Como comecei minha mudança
A primeira coisa que fiz foi o que publiquei nesse artigo: Mudando o guarda-roupas. Abri o guarda roupas e fiz uma faxina geral. Tirei de lá calças jeans, umas 10 leggings pelo menos. Essas leggings me arrependi muito de me desfazer delas pois depois me fizeram falta para usar como meia-calças (embaixo dos vestidos em dias de frio), ainda fiquei com algumas que me foram muito úteis para isso. Peguei alguns vestidos que eram curtos e transformei em saias (isso dá certo hein - melhor que jogar fora), adaptei algumas, outras me desfiz. E aos poucos fui comprando vestidos e saias novas. Para mim não foi muito difícil porque minha mãe é costureira, então basta eu comprar tecidos. Eu aconselho a quem está mudando mandar fazer pois ficam do nosso gosto e podemos mandar colocar mangas e sem decotes, já os comprados prontos é raro encontrar nesses padrões.
As dificuldades que encontrei: Primeiro: Meu Marido
Essa dificuldade foi uma das primeiras que venci. Lembro de ter lido em um blog de modéstia onde a dona dizia: "não posso fazer nada se seu marido te acha feia de saias". Bem, deu pra ver que não concordo absolutamente com ela. Sim eu posso fazer algo, eu posso rezar e ter fé! E foi isso que eu fiz. Se um homem não gosta que uma mulher use saias certamente é por desinformação sobre o assunto relacionado à modéstia, e a partir do momento que ele conhece a virtude, se tiver boas intenções e amar verdadeiramente sua esposa, ele aceitará. Meu marido mudou sua maneira de pensar a partir do momento que ele entendeu isso, e mudou tanto que meses depois de eu ter mudado meu guarda roupas tive a tentação de colocar uma calça só por usar (sem motivos justos), e ele não permitiu. Ele disse: "Não, não quero você de calças". Então essa mudança foi tão grande que foi uma das grandes bênçãos que recebi de Deus. Para um agnóstico convertido, e hoje tradicionalista penso que Deus nunca nos abandonou, e eu só tenho que lhe agradecer por tanto amor.
Segunda dificuldade: Minha Mãe
Acho que não foi somente comigo. Várias meninas principalmente solteiras encontram muitas dificuldades com a mãe quando resolvem mudar sua maneira de vestir. E comigo não foi diferente apesar de eu ser casada. Ela foi a primeira que percebeu minha mudança devido a maneira que eu pedia meus vestidos (sem decotes, longos, com mangas).
Ela começou a dizer que eu estava exagerando, que tinha ficado fanática, e se preocupou principalmente com o que as pessoas iam dizer de sua filha usando só vestidos e saias. Começou a me atacar de uma forma muito cruel e que me doía muito, pois chegava a me fazer chorar pela maneira que falava comigo. Entretanto eu continuei firme e tentei explicar a ela o motivo de minha mudança, além de rezar para a situação melhorar e Deus me dar forças para que eu não desistisse. Ela ficou nervosa e transtornada não somente com minha nova maneira de me vestir, mas também com minhas atitudes que mudaram junto com meu guarda-roupas. Passei e não frequentar lugares inapropriados, principalmente os que me faziam pecar (parentes que me faziam ouvir coisas que não deveria, fofocas, indecências etc), parei de frequentar a paróquia em que participava e passei a frequentar um outro rito (Ucraniano - bizantino), onde poderia melhor servir Nosso Senhor comungando de joelhos e na boca, usando o véu, dentre outros detalhes. Passei a ter como amigos próximos somente boas companhias, também da Igreja, me desfiz de "amigos" que só me atrapalhavam na vida espiritual, pessoas que não tinham boas intenções dentre outras mudanças. E tudo isso foi muita coisa para minha mãe poder aceitar de uma hora para outra.
Até que um dia, por bênção divina ela foi conversar com um sacerdote a meu respeito. Chegando lá explicou uma série de condutas minhas e expôs ao Frei perguntando o que ele pensava a respeito e dizendo estar muito preocupada comigo. O Frei apenas disse: "Mãe não se preocupe, sua filha está no bom caminho". Isso foi o suficiente para resolver toda a situação! Foi Deus quem colocou as palavras certas na boca desse sacerdote. Pois a partir daí ela nunca mais falou nada a respeito das minhas roupas. Ela mesma me contou esse fato e disse que a partir daquele momento nunca mais falaria nada, pois ela "teria motivos para falar se eu usasse roupas indecentes, minissaias, etc. e não o contrário" (palavras dela). Por isso deixo aqui esse meu testemunho para as meninas que encontram a mesma dificuldade: Não desistam! Rezem muito e peçam a Deus consolo! No livro "A Oração" de Santo Afonso de Ligório (doutor da Igreja), ele diz que quando pedimos graças a favor de nossa salvação Deus nunca nos nega. É isso que ele quis dizer com as palavras "tudo o que pedirdes, recebereis". Esse "tudo" refere-se a graças necessárias para a salvação de nossa alma. Ora, a virtude da modéstia é necessária, importante e agrada a Deus, então basta pedir que Nossa Senhora não exitará em te ajudar no que for preciso para que você persevere nesse caminho. Foi tudo o que eu fiz!
Terceira dificuldade: Comentários maldosos dos mundanos e falsos Católicos.
Esses tipos de comentários e maldades sempre vão existir com verdadeiros católicos, mesmo não mudando sua maneira de vestir. Basta ser seguidor de Nosso Senhor para ser perseguido, caluniado, zombado, ser tido como "diferente" "estranho" etc. E certamente quem não quer passar por isso, não está realmente disposto a converter-se. Creio que pouco é necessário dizer a respeito, por isso deixo um trecho de um texto de São Francisco de Sales para meditação[1]:
"Assim que a tua devoção se for tornando conhecida no mundo, maledicências e adulações te causarão sérias dificuldades de praticá-la. Os libertinos tomarão a tua mudança por um artifício de hipocrisia e dirão que alguma desilusão sofrida no mundo te levou por pirraça a recorrer a Deus. Os teus amigos, por sua vez, se apressarão a te dar avisos que supõem ser caridosos e prudentes sobre a melancolia da devoção, sobre a perda do teu bom nome no mundo, sobre o estado de tua saúde, sobre o incômodo que causas aos outros, sobre a necessidade de viver no mundo conformando-se aos outros e, sobretudo, sobre os meios que temos para salvar-nos sem tantos mistérios.
Filotéia, tudo isso são loucas e vãs palavras do mundo e, na verdade, essas pessoas não têm um cuidado verdadeiro de teus negócios e de tua saúde: Se vós fôsseis do mundo, diz Nosso Senhor, amaria o mundo o que era seu; mas, como não sois do mundo, por isso ele vos aborrece.
Vêem-se homens e mulheres passarem noites inteiras no jogo; e haverá uma ocupação mais triste e insípida do que esta? Entretanto, seus amigos se calam; mas, se destinamos uma hora à meditação ou se nos levantamos mais cedo, para nos prepararmos para a santa comunhão, mandam logo chamar o médico, para que nos cure desta melancolia e tristeza. Podem-se passar trinta noites a dançar, que ninguém se queixa; mas por levantar-se na noite de Natal para a Missa do Galo, começa-se logo a tossir e a queixar de dor de cabeça no dia seguinte.
Quem não vê que o mundo é um juiz iníquo, favorável aos seus filhos, mas intransigente e severo para os filhos de Deus?
Só nos pervertendo com o mundo, poderíamos viver em paz com ele, e impossível é contentar os seus caprichos ― Veio João Batista, diz o divino Salvador, o qual não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possesso do demônio. Veio o Filho do Homem, come e bebe, e dizeis que é um samaritano.
É verdade, Filotéia, se condescenderes com o mundo e jogares e dançares, ele se escandalizará de ti; e, se não o fizeres, serás acusada de hipocrisia e melancolia, se te vestires bem, ele te levará isso a mal, e, se te negligenciares, ele chamará isso baixeza de coração. A tua alegria terá ele por dissolução e a tua mortificação por ânimo carrancudo; e, olhando-te sempre com maus olhos, jamais lhe poderás agradar.
As nossas imperfeições ele considera pecados, os nossos pecados veniais ele julga mortais, e malícias, as nossas enfermidades; de sorte que, assim como a caridade, na expressão de S. Paulo, é benigna, o mundo é maligno.
A caridade nunca pensa mal de ninguém e o mundo o pensa sempre de toda sorte de pessoas; e, não podendo acusar as nossas ações, condena ao menos as nossas intenções. Enfim, tenham os carneiros chifres ou não, sejam pretos ou brancos, o lobo sempre os há de tragar, se puder.
Procedamos como quisermos, o mundo sempre nos fará guerra. Se nos demorarmos um pouco mais no confessionário, perguntará o que temos tanto que dizer; e, se saímos depressa, comentará que não contamos tudo".
Bem, esse é um pouco do meu testemunho a respeito da modéstia no vestir, e espero que seja de grande valia para as mulheres que estão iniciando nesse caminho que tanto agrada Nossa Senhora! Qualquer dúvida, pedidos de auxílio no que estiver dentro de nosso alcance contem conosco. Nos enviem uma mensagem.
Salve Maria.
[1] Filotéia - Introdução à Vida Devota - São Francisco de Sales.
Salve Maria.
[1] Filotéia - Introdução à Vida Devota - São Francisco de Sales.
Demorei muitos anos para mudar meus trajes, só usava saia na missa tradicional que frequento há mais de dez anos. Mas ao longo destes anos sempre pedi a Deus que me mudasse e eu tivesse coragem de mudar o guarda roupa. Há mais ou menos dois anos mudei o estilo das blusas por orientação do meu diretor. Há 4 meses abandonei as calças e só uso em casos extremos (que raramente acontece no meu trabalho). Este blog me ajudou muito, porque as leituras dele e os exemplos de saia propostos, que por sinal ficam lindas, me incentivou a mudar meu estilo e promover a modéstia. Muita gente estranhou, mas não dei corda, porque sempre penso que é a Deus quem quero agradar. Salve Maria
ResponderExcluirMuito bom saber que nosso blog te ajudou Daniela! Nos dá força para continuar. Sim a mudança geralmente vem aos poucos, Deus vai nos moldando por dentro e chega um momento que decidimos oferecer tudo de melhor a Ele! Que Deus te ajude a perseverar nesse santo caminho! Salve Maria.
Excluirdaiane, vocês podem me ajudar?
ResponderExcluirOlá! Claro, posso sim! Acho que estamos conversando pelo facebook certo?? Qualquer coisa me envie uma msg. Salve Maria.
ExcluirÉ um caminho difícil. Agradeço que minha profissão dá elementos para usar saia e vestido e não pode ser curto
ResponderExcluirOlá! Salve Maria. Estou passando por um período de indecisões. Muitas dúvidas. Amo usar saias e vestidos longos. Mas tenho tb calças. Tenho lido e ouvido muito sobre a modéstia e o pudor, porem sempre tem comentários que esfriam nossas decisões. Amei seu depoimento. Obrigada. Reze por mim. Salve Maria!
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