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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Voz das testemunhas da Fé em favor da Modéstia

Por Dom Leonardo Maria Pompei

São Pe. Pio, guardião da Modéstia
Sobre estes argumentos, os santos convergem em uníssono num mesmíssimo coro que eleva a Deus um canto magnífico de louvor à pureza e ao pudor, e um lamento sincero por toda transgressão a estas importantes virtudes. Nos limitaremos a reportar alguns exemplos e os ensinamentos de alguns mestres contemporâneos, que tiveram a oportunidade de trabalhar em uma Itália já amplamente contaminada pelo mau cheiro das novas modas indecentes, contra as quais se lançaram com uma severidade não indiferente: se trata do grande São Pio de Pietrelcina, que era notoriamente severíssimo contra toda – mesma levíssima – falha no pudor e na modéstia; do servo de Deus Dom Dolindo Ruotolo (falecido em 1971) e de Dom Giuseppe Tomaselli, sacerdote salesiano e exorcista, falecido em claro conceito de santidade em 1989 e autor de uma esplêndida serie de livretos e opúsculos espirituais de caráter popular que fizeram tanto bem para muitas almas. Leiamos primeiramente alguns fatos que tiveram São Pio de Pietrelcina como protagonista. Uma vez foi-lhe dito: “Padre, o senhor está exagerando com as mulheres ... as manda vir com a saia até os joelhos! Nada de confissão para elas!”“Até os joelhos?” – Respondeu o Padre – “Você verá, você verá, elas ficarão despidas também pelas ruas”. 

Uma vez as freiras de Foggia levaram as jovens do seu colégio para Padre Pio, que tinham as saias muito curtas. As freiras lhes fizeram abaixar as saias de modo que ficassem na altura dos joelhos, para que o padre não visse. Padre Pio passou, não cumprimentou nenhuma delas e nem mesmo as freiras, que foram muito más. Antes de sair o padre se voltou e disse: “Não se envergonham? Vão se vestir”. Para uma senhora que usava uma camisa com a manga curta (até o antebraço...) disse: “Serre os braços... porque você sofrerá menos fazendo isto do que se tiver que sofrer no Purgatório... as carnes nuas queimarão”. Quando lhe confessavam pecados de impureza, despedia os pecadores gritando-lhes: “Não sujeis a si mesmos”. Ele se recusava a confessar certo homem; então, este pediu para que um amigo perguntasse a Padre Pio o porquê. O padre responde: “Diga a ele que diminua o tamanho dos braços, ou alongue as mangas da camisa”. Finalmente, se pode narrar o seguinte episódio (seguramente desconcertante para qualquer pessoa): numa manhã, um menino de 11 anos foi até o Padre Pio e disse-lhe: “Padre, meu pai mandou que lhe lembrasse aquela graça [que ele pediu], não se esqueça!”. Padre Pio respondeu: “Chame o seu pai, deixe-o vir”. “Pai, Padre Pio quer vê-lo”. O pai se aproxima e Padre Pio lhe grita: “Porco, não se envergonha de fazer vestir seu filho deste modo? Um calçãozinho curto; e se o visse alguma mocinha? Recordai, nós pagaremos também pelos pecados de pensamentos que fizemos os outros cometerem. Porco, é o que sois!”. 

Padre Pio, no entanto, estava praticamente sozinho nesta batalha, tanto é que um de seus filhos espirituais escreveu: “A voz de protesto contra a moda surge apenas da boca do Padre Pio. Em toda Roma os sacerdotes fecham os olhos e seguem em frente”. Ao que o padre respondia ironicamente: “O peixe fede a partir da cabeça!...” 

Também o servo de Deus, Dom Dolindo Ruotolo, era muito claro no tema da dignidade e santidade do corpo humano e não exitava em levantar a voz contra as modas indecorosas. Em seus escritos, lemos textualmente: "Mulher, tu és criatura de Deus, criatura nobilíssima, alma unida ao corpo para glorificar a Deus e não uma atração ou o brinquedo de homens corrompidos. Que coisa humilhante para ti concentrar-te tanto nos cuidados com o corpo a ponto de tornar-te escrava dele e fazê-lo aparecer quase não mais como obra de Deus, mas como obra de ti mesma. Toda moda, todo ornamento imodesto, tu os usa para mostrar a beleza artificial que consegue “ajeitar” com a maquiagem; e assim, ao invés de glorificar a Deus, o ofende com tuas culpas. Por acaso estás na terra para degradar-se assim? Pense que o julgamento de Deus está próximo e que, embora o corpo se abra para o túmulo, a alma deve se abrir para o Céu. 'Quando fordes pensar em vossos trajes – escreveu o Papa Pio XI – pensai também, ó mulheres, em que sereis reduzidas na morte!'. Depois do pecado original, o olhar do homem se perturba com a visão do corpo, por isso Deus quis que o corpo estivesse coberto. Tu, então, deve se vestir para esconder a carne, não para mostrá-la, deve se vestir para recordar que és de Deus e que és templo do Espírito Santo. Deus veste a sua criatura, Satanás a despoja, porque sendo um espírito imundo experimenta alegria com tudo o que é degradante. Uma mulher imodesta é, pelas ruas, um troféu que o demônio ostenta contra a Redenção. Uma mulher escandalosa não obedece a Deus, ao Papa e aos sacerdotes, mas somente a Satanás e às manobras repugnantes da moda, pronta a vestir peles grossas no verão e a andar decotada e de saias curtas mesmo no inverno. Não diga, ó pobre criatura de Deus, que não pode usar saias suficientemente longas porque te causam incômodo: se fosse a moda a te impor, tu não hesitaria em fazê-lo. Lembre-se de que a moda imodesta te faz praticamente a mulher de todos e os olhares ávidos dos homens te degradam toda vez que se fixam sobre teu corpo com desejos impuros, assim que tu torna-te como uma mulher mundana, oferecendo-se, por tua culpa, ao olhar torpe de homens viciosos e retorna para casa cheia de pecados e de iniquidade. Tu dizes: 'eu sofro muito com o calor, eu preciso vestir pouca roupa, eu preciso refrescar-me'. Com este raciocínio, no entanto, tu podes reduzir-se aos zulus da África e crer-se justificada. Mas saiba que quando você se veste de modo imodesto renovas os opróbrios que reduziram Jesus à sua terrível nudez. Terás a coragem de renovar-Lhe, no teu corpo, o opróbrio e o sofrimento da nudez? Cubra o teu corpo, revistasse de pureza e suavize as dores de Jesus; Dê-lhe, em união com o seu sofrimento, o sacrifício de suportar um pouco de calor e a penitência de uma renúncia, faça isto por amor e colabore com Ele para salvação das almas, pelas quais derramou o seu Precioso Sangue, tentando pelo menos não causar-Lhe escândalos”

Dom Giuseppe Tomaselli, por fim, no esplêndido livreto “Moda Feminina” escreve: “[Eu, Jesus] tratei com gentileza a mulher samaritana e toquei o coração de Maria Madalena. Mas um dia pronunciei estas palavras de fogo: 'Ai daquele que escandalizar um destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele pendurar uma pedra de moinho ao pescoço e ser lançado ao fundo do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! (Mt 18,6-7). Quem proferiu estas palavras é Deus, o Juiz Supremo da humanidade que irá pronunciar a sentença para cada uma das almas: Paraíso ou inferno. Ó mulher que segue a moda, lembra que todos os olhares dados para ti com malícia, em casa ou fora, são pecados atribuídos antes de tudo a ti mesma, que és a causa voluntária. Um dia, quando a morte te separar do mundo, tu aparecerás diante de mim para seres julgada, então verás os pecados cometidos pelos homens ao ver-te em roupas indecentes, e tu mesma ficará horrorizada! Que desculpa irá apresentar-me? Ai de ti, ó mulher, pelos teus escândalos. Em vão os meus sacerdotes levantam a voz e expõem os sacros avisos no Templo. Quando vai à Igreja, sabendo que o padre não lhe daria a Partícula ao ver seus braços nus e também decotada, neste momento da Comunhão tu cobre o corpo melhor e Me recebe. Mas, ao sair da Igreja, está novamente vestida imodestamente: o teu corpo que na Igreja comungou, se transforma ao longo do caminho, em vários locais, na praia e em casa, instrumento de Satanás e incentivo ao mal [...]. Pais e mães de família, ouçam! Ai de vós se permitirdes aos vossos filhos que deem escândalo! A responsabilidade maior da moda indecente pesa sobre vós, ó genitores, ou porque dão o triste exemplo, ou porque sois muito débeis na educação dos filhos. Pais e mães de família, destes pecados vou lhes pedir uma conta rigorosa: a má conduta de seus filhos deve pesar sobre sua consciência, se não houverdes feito o possível para impedir-lhes a moda maliciosa [...]. Um dos lugares favoritos de Satanás é a praia no período do verão. A roupa indecente na praia é a ruína moral de muitas almas. Mas o que me dói mais é ver na praia em trajes “livres” as mulheres que em casa geralmente rezam e também se aproximam da mesa eucarística. Elas acreditam - em sua cegueira - que a roupa indecente é lícita pelo fato de que muitas pessoas a adotaram: mas o mal é sempre mal. Satanás gosta de ver na praia as suas servas e já conta em tê-las consigo no Inferno. Eu, o Criador, dei uma Lei Moral que ninguém sobre a terra está autorizado a pisotear. Pedirei contas ao diretor, aos atores e àqueles que assistirem aos filmes vergonhosos. Me dirijo a vós, minhas queridas almas. Vistam-se sempre com modéstia. Vendo pelas ruas mulheres mal vestidas, rezem por elas, recitem uma Ave-Maria, para que minha Mãe interceda por elas. Bem-aventurado é aquele que escuta a minha palavra e a coloca em prática!”.

Tirado do Livro: Modéstia e Pudor. (Dom Leonardo Maria Pompei). Você pode ler completo neste link.

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