A maioria dos filmes são portadores da mais brutal característica do ianquismo: a vida erótica de indivíduos imaginários, ou mesmo reais, o lenocínio, o adultério, o divórcio, o nudismo são os temas favoritos das películas. Na tela fascinante, ao som de musica lasciva, a mocinha contempla extasiada não os dramas de amor, porem a tragicomédia do sensualismo, glorificada, erigida em norma de conduta.
O grande psicologo Laburu, S. J. faz notar o poder de sugestão e imitação do cinema, advertindo que os atores foram escolhidos para atuores exatamente por sua capacidade de realizarem os personagens.
A jovem inexperiente mesmo contra sua vontade é fortemente influenciada pelos maus exemplos atualizados insinuantemente no fascínio das cenas impressionantes.
Imaginem~se dois namorados na plateia escura abraçados, ante os quadros vivos da pornografia mascarada de amor sob a volupia da musica sensual compreender-se-a que o cinema é usina de prostituição, sala de espera do adultério.
Um inquérito efetuado num instituto correcional de decaídas revelou dados alarmantes sobre as consequências morais do cinema.
Meditem as nossas inteligentes jovens sabre algumas conclusões daquele inquérito:
Eram 78. Setenta e duas declararam que o cinema havia influenciado sabre sua desgraça.
Palavras textuais daquelas infelizes: "Muitas vezes ainda aquelas cenas imorais me enchem a imaginação" "As danças indecentes que vi me perseguem dia e noite." "Desde então nunca mais tive pelo que é puro."
Mais fatal ainda que a lubricidade da tela é a volúpia da plateia.
Á espera do Noivo - Pe Cassemiro Campos - 1960.
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