Quando o estilista francês Paul Poiret, por volta de 1910, criou o seu modelo de calças compridas para as mulheres ocidentais, o primeiro a fazer algum sucesso no mundo da moda, o Papa São Pio X repudiou o traje, considerando que se tratava de uma vestimenta indecente, que feria a dignidade da mulher e promovia a abolição das diferenças entre os sexos.
Comparando com as calças compridas que as mais respeitáveis damas usam hoje em dia, a invenção de Poiret era de um pudor reconhecível; porém, mesmo assim, o Papa São Pio X a considerou inapropriada para uso das mulheres de seu tempo.
Que diria o Santo Papa das calças compridas que as mulheres, inclusive a maioria das católicas, usam hoje em dia? À época, L'Osservatore Romano expressou o pensamento do Santo Papa: publicou que as ''calças de harém'', como ficaram conhecidas, eram vergonhosas, e representavam, no âmbito da moda, a crescente onda de irreligião que assolava o Ocidente.
Aqui, uma matéria do The New York Times, de fevereiro de 1911, fazendo referência ao parecer do Papa sobre o traje e sobre o artigo publicado por L'Osservatore, inclusive citando algumas passagens do mesmo:
Aqui, outra referência de outro jornal da época, dessa vez o australiano The West Australian, citando a desaprovação de S. Pio X e também trechos do artigo de L'Osservatore:
Além desses dois, o Milwaukee Sentinel, jornal norte-americano, também publicou matéria a respeito, em fevereiro de 1911, com o título ''Pope Bars Harem Skirt". Abaixo, numa página do Wikipédia que destaca eventos ocorridos em fevereiro de 1911, há, nas referências, no item 49, menção a essa matéria:
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