Pe. Lodi - Presidente do Pro-Vida Anápolis |
Observação do blog: Vejam um excelente texto do Padre Lodi sobre pudor e modéstia, e percebam que ele diz que as moças devem cobrir os ombros e os joelhos, até na posição sentada, ele diz também que devem possuir mangas, e até cita uma história da vida de Santa Teresinha. Mais um bom sacerdote que se pronuncia em favor da modéstia nos dando regras a serem seguidas e nos guiando nesse caminho. Ele também critica blusas de alcinhas e roupas colantes, e diz que não devemos seguir a dois senhores.
Veja a importância de um bom padre, e a diferença entre esse ensinamento e o relativismo que vemos por aí de que "não existem regras" nas vestimentas e deixe que "eu faço o que eu quero". Meninas vale muito a pena a leitura! Leiam e divulguem! [os grifos são nossos]
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
O pudor
“Ora, os dois estavam nus, o homem e sua
mulher, e não se envergonhavam” (Gn 2,25).
Antes do pecado original, Adão e Eva
gozavam de um dom chamado integridade. Por
esse dom, os sentidos e os instintos estavam
harmoniosamente submissos à razão. A visão do
corpo do outro, mesmo de seus órgãos
reprodutores, não era capaz de causar excitação, a
menos que a vontade consentisse segundo a reta
razão. Por isso, não havia necessidade de se
cobrir o corpo.
Sem dúvida os dois praticariam o ato sexual
(“os dois serão uma só carne”), mas só quando a
razão determinasse. E o instinto sexual estava
perfeitamente submisso à razão.
Depois do pecado original, a integridade se
perdeu. Adão e Eva “descobriram” que estavam
nus e se envergonharam.
A partir daí, os instintos rebelaram-se
violentamente contra a razão, sobretudo o instinto
sexual. A virtude da castidade – que é o controle
desse instinto – passou a exigir muita luta e
vigilância. Foi necessário cobrir o corpo.
Adão e Eva, envergonhados, cingiram-se
(cobriram a cintura) com folhas de figueira (Gn
3,7). Deus, porém, não achou tal cobertura suficiente, e deu-lhes túnicas de peles de animais,
para que se vestissem (Gn 3,21).
Hoje as roupas são necessárias para se
conservar a castidade.
Qual é a função das roupas? Segundo o
Bem-aventurado João Paulo II, as roupas cobrem
o corpo para nos deixar ver os valores da alma.
“A necessidade espontânea de ocultar os
valores sexuais vinculados à pessoa é o caminho
natural para revelar o valor da pessoa em si
mesma”2
.
De fato, se não cobríssemos o corpo, o
instinto carnal gritaria tanto, com sede de prazer,
que a razão ficaria obscurecida, incapaz de
conhecer a alma.
“A pureza exige o pudor. Este é parte
integrante da virtude da temperança. O pudor
preserva a intimidade da pessoa. Consiste na
recusa de mostrar aquilo que deve ficar
escondido” (Catecismo da Igreja Católica, 2521).
Quando Moisés pediu ao Senhor “Rogo-te
que me mostres a tua glória” (Ex 33,18), Deus lhe
disse: “Não poderás ver a minha face, porque o
homem não pode ver-me e continuar vivendo”
(Ex 33,20). A face de Deus é sagrada, e por isso devia
permanecer oculta.
Pelo mesmo motivo, nosso corpo, que é
sagrado, deve ser ocultado.
E se eu não cobrir devidamente o meu corpo?
Então, o meu corpo, que devia glorificar a
Deus (“glorificai, portanto, a Deus em vosso
corpo” – 1Cor 6,20), passa a ser ocasião de
pecado para aqueles que o veem.
Como devem ser as roupas de um cristão?
- devem cobrir o peito, as costas, os ombros
e o ventre;
- não devem ser coladas ao corpo nem
transparentes;
- em se tratando de saia ou vestido, devem
cobrir os joelhos, inclusive na posição sentada.
Em matéria de cobrir o corpo, as mulheres
deveriam ser mais cuidadosas que os homens. Por
quê? Porque, como já falei, o homem se excita
mais facilmente que a mulher. Assim, via de
regra, a visão do tronco de um homem não é
capaz de causar excitação em uma mulher. Por
isso, os trajes de banho masculinos não costumam
cobrir o tronco. Mas, ao contrário, a visão do
tronco de uma mulher é capaz de causar excitação
em um homem. Por isso, os trajes de banho femininos cobrem – ou deveriam cobrir – o
tronco.
Curiosamente, as moças, que deveriam ser
exemplares na maneira de se vestir, costumam-se
vestir piores que os rapazes. Vejamos.
Em geral, os rapazes vestem camisas que
têm manga e que cobrem o peito até o pescoço.
Não se encontra na moda masculina uma camisa
que não cubra as costas ou o ventre. E as calças
costumam ser folgadas.
A moda feminina, porém, está repleta de
blusas que não têm mangas (às vezes apenas duas
pequenas alças), que não cobrem boa parte do
peito, que não cobrem o ventre ou as costas
(miniblusas). Frequentemente as moças usam
roupas apertadas, coladas ao corpo ou
transparentes. E se usam saia ou vestido, muitas
vezes deixam descobertos os joelhos.
Por quê?
Será que o corpo da mulher vale menos que
o do homem, e que por isso, não é preciso tomar
cuidado para cobri-lo?
Será que o preço que Cristo pagou pelo
corpo das mulheres (“Alguém pagou alto preço
pelo vosso resgate” – 1Cor 6,20) é menor que o
que ele pagou pelo corpo dos homens?
Será que as moças vestem-se indecentemente
apenas para obedecerem à moda (são “maria vai
com as outras”)? Ou será que elas procuram exibir o corpo
para chamar a atenção sobre si, provocando
excitação nos rapazes?
Neste último caso, elas estão cometendo um
pecado gravíssimo chamado escândalo.
Escândalo (do grego skandalon = tropeço) é
o pecado de levar outros a pecar. As roupas que
não cobrem suficientemente o corpo chamam-se
roupas escandalosas.
Que disse Jesus sobre os que cometem
escândalo? Palavras duríssimas:
“Caso alguém escandalize um destes
pequeninos que creem em mim,
melhor seria que lhe pendurassem ao
pescoço uma pesada mó
e fosse precipitado nas profundezas do mar.
Ai do mundo por causa dos escândalos!
É necessário que haja escândalos, mas ai do
homem pelo qual o escândalo vem! (Mt 18,6-7)”.
“Mas eu uso essas roupas sem má intenção”
Imagine que você subisse ao terraço de um
edifício localizado no cruzamento de duas ruas
movimentadas do centro da cidade.
Apenas para se divertir (mas sem qualquer
má intenção), imagine que você atirasse pedras
nas ruas. O que poderia acontecer? Algumas pedras cairiam no chão sem causar dano. Outras
atingiriam as cabeças das pessoas e as feririam.
Dependendo do tamanho da pedra e da
velocidade na hora do impacto, alguém poderia
até morrer!
Lembre-se: você está agindo com boa
intenção. E, no entanto, pode estar ferindo ou
matando um número indeterminado de pessoas.
Assim, se você, sem má intenção, veste uma
roupa indecente e anda em público com ela, não é
capaz de calcular quantos pecam por sua causa.
Um? Dois? Dez? Cem?... E você terá que
responder diante de Deus por todos esses
pecados...
Hoje em dia é muito comum que os
sacerdotes, ao atenderem a confissões, ouçam os
homens se queixarem de como é difícil conservar
a pureza num mundo em que as mulheres não se
cobrem.
A menina Jacinta (1910-1020), a mais nova
entre os videntes de Fátima, estando muito
doente, já à beira da morte em Lisboa, disse
algumas palavras que foram anotadas pela Madre
Maria da Purificação Godinho:
“Os pecados que levam mais almas para o
inferno são os pecados da carne.
Hão de vir umas modas que hão de ofender
muito a Nosso Senhor As pessoas que servem a Deus não devem
andar com a moda. A Igreja não tem modas.
Nosso Senhor é sempre o mesmo”.
Estas palavras foram ditas em 1920, ano em
que Jacinta morreu, com a idade de nove anos.
Quem observa as modas de hoje, verifica que as
palavras da menina cumpriram-se literalmente.
De que lado você quer estar? Do lado de
Deus ou do lado das modas?
“Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6,24)
Pode ser que você, moça, ao ler tudo o que
eu disse até agora sobre o pudor, resolva deixar
de usar algumas roupas. Tenho medo, porém, que
você não queira renunciar a todas as roupas
escandalosas, ma apenas às mais escandalosas.
Temo que sua opção por Deus não seja radical,
que não vá às últimas consequências.
Sua renúncia não é total se você, por
exemplo:
- pretende continuar usando roupas
apertadas, deixando de lado somente as mais
coladas ao corpo;
- pretende continuar usando roupas que
mostrem apenas uma “pequena” parte do peito ou
do ventre ou das costas;
- pretende usar roupas que cubram o joelho,
mas não na posição sentada;
- pretende deixar de usar roupas
escandalosas na rua, mas deseja continuar
usando-as em casa, na presença de seu pai, de
seus irmãos e dos visitantes.
Se, porém, sua renúncia é total, você quer
renunciar a todas as roupas escandalosas, sem
exceção. E neste caso eu pergunto:
- O que você vai fazer com as roupas que
não vai mais usar?
Doá-las? Seria apenas transferir o seu pecado
para outra pessoa que usasse tais roupas.
Deixá-las guardadas no armário? Por que
motivo, se você não vai mais usá-las? Será que
você deseja conservar algum apego ao pecado?
Se sua renúncia é de fato total, deve destruir
as roupas escandalosas. Assim, nem sequer
restará a ocasião de usá-las novamente.
Uma história da vida de Santa Teresinha
Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada
Face, conhecida como Santa Teresinha, conta em
seu livro “História de uma alma” um fato
ocorrido quando ela era ainda muito pequena:
“De outra feita tínhamos de ir até Grogny à
casa da Sra. Monier. Mamãe falou à Maria me
pusesse o lindo vestido azul celeste, com guarnição de rendas, mas não me deixasse com os
braços nus, para não se queimarem ao sol. Deixei
que me vestissem com a displicência que deveria
ser própria de crianças com a minha idade; mas,
interiormente, pensava que teria ficado muito
mais graciosa com meus bracinhos nus.
Com uma índole como a minha, se fosse
criada por pais carentes de virtude, ou até se fosse
como Celina mimada por Luísa, ter-me-ia
tornado bem maldosa e talvez me tivesse
perdido... Mas Jesus olhava pela sua esposinha”3
.
O episódio é impressionante. A santa relata
como até o cuidado de cobrir os braços colaborou
para que, desde a infância, ela cultivasse o pudor
e a castidade. Terá sido um exagero? Em matéria
de cuidado com a pureza, dificilmente nós
exageramos.
Livro Descobrindo a Castidade - Pe. Lodi da Cruz
(se você quiser baixar o livro, visite a aba "downloads").
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