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domingo, 15 de fevereiro de 2015

O Pudor - Um texto sobre a Modéstia do Pe. Lodi

Pe. Lodi - Presidente do Pro-Vida
Anápolis
Observação do blog: Vejam um excelente texto do Padre Lodi sobre pudor e modéstia, e percebam que ele diz que as moças devem cobrir os ombros e os joelhos, até na posição sentada, ele diz também que devem possuir mangas, e até cita uma história da vida de Santa Teresinha. Mais um bom sacerdote que se pronuncia em favor da modéstia nos dando regras a serem seguidas e nos guiando nesse caminho. Ele também critica blusas de alcinhas e roupas colantes, e diz que não devemos seguir a dois senhores.

Veja a importância de um bom padre, e a diferença entre esse ensinamento e o relativismo que vemos por aí de que "não existem regras" nas vestimentas e deixe que "eu faço o que eu quero". Meninas vale muito a pena a leitura! Leiam e divulguem! [os grifos são nossos]

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

O pudor “Ora, os dois estavam nus, o homem e sua mulher, e não se envergonhavam” (Gn 2,25). Antes do pecado original, Adão e Eva gozavam de um dom chamado integridade. Por esse dom, os sentidos e os instintos estavam harmoniosamente submissos à razão. A visão do corpo do outro, mesmo de seus órgãos reprodutores, não era capaz de causar excitação, a menos que a vontade consentisse segundo a reta razão. Por isso, não havia necessidade de se cobrir o corpo. Sem dúvida os dois praticariam o ato sexual (“os dois serão uma só carne”), mas só quando a razão determinasse. E o instinto sexual estava perfeitamente submisso à razão. Depois do pecado original, a integridade se perdeu. Adão e Eva “descobriram” que estavam nus e se envergonharam. A partir daí, os instintos rebelaram-se violentamente contra a razão, sobretudo o instinto sexual. A virtude da castidade – que é o controle desse instinto – passou a exigir muita luta e vigilância. Foi necessário cobrir o corpo. Adão e Eva, envergonhados, cingiram-se (cobriram a cintura) com folhas de figueira (Gn 3,7). Deus, porém, não achou tal cobertura suficiente, e deu-lhes túnicas de peles de animais, para que se vestissem (Gn 3,21). Hoje as roupas são necessárias para se conservar a castidade. Qual é a função das roupas? Segundo o Bem-aventurado João Paulo II, as roupas cobrem o corpo para nos deixar ver os valores da alma. “A necessidade espontânea de ocultar os valores sexuais vinculados à pessoa é o caminho natural para revelar o valor da pessoa em si mesma”2 . De fato, se não cobríssemos o corpo, o instinto carnal gritaria tanto, com sede de prazer, que a razão ficaria obscurecida, incapaz de conhecer a alma. “A pureza exige o pudor. Este é parte integrante da virtude da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido” (Catecismo da Igreja Católica, 2521). Quando Moisés pediu ao Senhor “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Ex 33,18), Deus lhe disse: “Não poderás ver a minha face, porque o homem não pode ver-me e continuar vivendo” (Ex 33,20). A face de Deus é sagrada, e por isso devia permanecer oculta. Pelo mesmo motivo, nosso corpo, que é sagrado, deve ser ocultado. 

E se eu não cobrir devidamente o meu corpo? 


Então, o meu corpo, que devia glorificar a Deus (“glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo” – 1Cor 6,20), passa a ser ocasião de pecado para aqueles que o veem. Como devem ser as roupas de um cristão? - devem cobrir o peito, as costas, os ombros e o ventre; - não devem ser coladas ao corpo nem transparentes; - em se tratando de saia ou vestido, devem cobrir os joelhos, inclusive na posição sentada. Em matéria de cobrir o corpo, as mulheres deveriam ser mais cuidadosas que os homens. Por quê? Porque, como já falei, o homem se excita mais facilmente que a mulher. Assim, via de regra, a visão do tronco de um homem não é capaz de causar excitação em uma mulher. Por isso, os trajes de banho masculinos não costumam cobrir o tronco. Mas, ao contrário, a visão do tronco de uma mulher é capaz de causar excitação em um homem. Por isso, os trajes de banho femininos cobrem – ou deveriam cobrir – o tronco. Curiosamente, as moças, que deveriam ser exemplares na maneira de se vestir, costumam-se vestir piores que os rapazes. Vejamos. Em geral, os rapazes vestem camisas que têm manga e que cobrem o peito até o pescoço. Não se encontra na moda masculina uma camisa que não cubra as costas ou o ventre. E as calças costumam ser folgadas. A moda feminina, porém, está repleta de blusas que não têm mangas (às vezes apenas duas pequenas alças), que não cobrem boa parte do peito, que não cobrem o ventre ou as costas (miniblusas). Frequentemente as moças usam roupas apertadas, coladas ao corpo ou transparentes. E se usam saia ou vestido, muitas vezes deixam descobertos os joelhos. Por quê? Será que o corpo da mulher vale menos que o do homem, e que por isso, não é preciso tomar cuidado para cobri-lo? Será que o preço que Cristo pagou pelo corpo das mulheres (“Alguém pagou alto preço pelo vosso resgate” – 1Cor 6,20) é menor que o que ele pagou pelo corpo dos homens? Será que as moças vestem-se indecentemente apenas para obedecerem à moda (são “maria vai com as outras”)? Ou será que elas procuram exibir o corpo para chamar a atenção sobre si, provocando excitação nos rapazes? Neste último caso, elas estão cometendo um pecado gravíssimo chamado escândalo. Escândalo (do grego skandalon = tropeço) é o pecado de levar outros a pecar. As roupas que não cobrem suficientemente o corpo chamam-se roupas escandalosas. Que disse Jesus sobre os que cometem escândalo? Palavras duríssimas: “Caso alguém escandalize um destes pequeninos que creem em mim, melhor seria que lhe pendurassem ao pescoço uma pesada mó e fosse precipitado nas profundezas do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! É necessário que haja escândalos, mas ai do homem pelo qual o escândalo vem! (Mt 18,6-7)”.

“Mas eu uso essas roupas sem má intenção” 


Imagine que você subisse ao terraço de um edifício localizado no cruzamento de duas ruas movimentadas do centro da cidade. Apenas para se divertir (mas sem qualquer má intenção), imagine que você atirasse pedras nas ruas. O que poderia acontecer? Algumas pedras cairiam no chão sem causar dano. Outras atingiriam as cabeças das pessoas e as feririam. Dependendo do tamanho da pedra e da velocidade na hora do impacto, alguém poderia até morrer! Lembre-se: você está agindo com boa intenção. E, no entanto, pode estar ferindo ou matando um número indeterminado de pessoas. Assim, se você, sem má intenção, veste uma roupa indecente e anda em público com ela, não é capaz de calcular quantos pecam por sua causa. Um? Dois? Dez? Cem?... E você terá que responder diante de Deus por todos esses pecados... Hoje em dia é muito comum que os sacerdotes, ao atenderem a confissões, ouçam os homens se queixarem de como é difícil conservar a pureza num mundo em que as mulheres não se cobrem. A menina Jacinta (1910-1020), a mais nova entre os videntes de Fátima, estando muito doente, já à beira da morte em Lisboa, disse algumas palavras que foram anotadas pela Madre Maria da Purificação Godinho: “Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne. Hão de vir umas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo”. Estas palavras foram ditas em 1920, ano em que Jacinta morreu, com a idade de nove anos. Quem observa as modas de hoje, verifica que as palavras da menina cumpriram-se literalmente. De que lado você quer estar? Do lado de Deus ou do lado das modas? 

“Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6,24) 


Pode ser que você, moça, ao ler tudo o que eu disse até agora sobre o pudor, resolva deixar de usar algumas roupas. Tenho medo, porém, que você não queira renunciar a todas as roupas escandalosas, ma apenas às mais escandalosas. Temo que sua opção por Deus não seja radical, que não vá às últimas consequências. Sua renúncia não é total se você, por exemplo: 
- pretende continuar usando roupas apertadas, deixando de lado somente as mais coladas ao corpo; 
- pretende continuar usando roupas que mostrem apenas uma “pequena” parte do peito ou do ventre ou das costas; 
- pretende usar roupas que cubram o joelho, mas não na posição sentada; 
- pretende deixar de usar roupas escandalosas na rua, mas deseja continuar usando-as em casa, na presença de seu pai, de seus irmãos e dos visitantes. Se, porém, sua renúncia é total, você quer renunciar a todas as roupas escandalosas, sem exceção. E neste caso eu pergunto: 
- O que você vai fazer com as roupas que não vai mais usar? Doá-las? Seria apenas transferir o seu pecado para outra pessoa que usasse tais roupas. Deixá-las guardadas no armário? Por que motivo, se você não vai mais usá-las? Será que você deseja conservar algum apego ao pecado? Se sua renúncia é de fato total, deve destruir as roupas escandalosas. Assim, nem sequer restará a ocasião de usá-las novamente. 

Uma história da vida de Santa Teresinha 


Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, conhecida como Santa Teresinha, conta em seu livro “História de uma alma” um fato ocorrido quando ela era ainda muito pequena: “De outra feita tínhamos de ir até Grogny à casa da Sra. Monier. Mamãe falou à Maria me pusesse o lindo vestido azul celeste, com guarnição de rendas, mas não me deixasse com os braços nus, para não se queimarem ao sol. Deixei que me vestissem com a displicência que deveria ser própria de crianças com a minha idade; mas, interiormente, pensava que teria ficado muito mais graciosa com meus bracinhos nus. Com uma índole como a minha, se fosse criada por pais carentes de virtude, ou até se fosse como Celina mimada por Luísa, ter-me-ia tornado bem maldosa e talvez me tivesse perdido... Mas Jesus olhava pela sua esposinha”3 . O episódio é impressionante. A santa relata como até o cuidado de cobrir os braços colaborou para que, desde a infância, ela cultivasse o pudor e a castidade. Terá sido um exagero? Em matéria de cuidado com a pureza, dificilmente nós exageramos. 


Livro Descobrindo a Castidade - Pe. Lodi da Cruz 
(se você quiser baixar o livro, visite a aba "downloads").

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