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quarta-feira, 22 de julho de 2015

A Mulher deve ser submissa ao marido? O que significa essa submissão?

Assim diz a bíblia:

"As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela." Efesios 5,22-25

Esse é um dos versículos mais odiados pelos inimigos da Igreja, da família, principalmente feministas. Elas dizem que o Cristianismo oprime e rebaixa a mulher, fazendo-a inferior ao homem. O que obviamente é uma inverdade. Ninguém mais que o Cristianismo preserva a dignidade da mulher e a exalta, preservando nela todas os dons que Deus a deu. 

Resolvi fazer esse artigo depois de receber uma mensagem de uma pessoa que se dizia Católica, mas que infelizmente estava perdida sobre esse assunto. Segundo referencias dela, o Papa João Paulo II na sua encíclica Mulieris Dignitatem diz que a mulher deve ser submissa ao marido e o marido à mulher, ou seja, ambos são submissos um ao outro. Ora, isso não faz sentido algum. Então pretendo aqui nesse artigo explicar exatamente qual é a posição da Igreja sobre a submissão da mulher ao marido e a hierarquia que existe na família, que foi querida por Deus. Acompanhem.

A Submissão e a opinião da Igreja a respeito


Essa submissão é no sentido literal. Sim a mulher é submissa ao marido porque o homem é o chefe da família, e não a esposa. E esse ensinamento é tão claro que outros papas deixaram isso por escrito, vamos acompanhar, o Papa Pio XI assim diz:

“Ligada, enfim, com o vínculo desta caridade a sociedade doméstica, florescerá necessariamente aquilo que Santo Agostinho chama a ordem do amor. Essa ordem implica de um lado a superioridade do marido sobre a mulher e os filhos, e de outro a pronta sujeição e obediência da mulher, não pela violência, mas como a recomenda o Apóstolo com estas palavras: Sujeitem-se as mulheres aos seus maridos como ao Senhor; porque o homem é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja.” (Casti Connubii, 26). E ainda, ele continua:

“Tal sujeição não nega nem tira à mulher a liberdade a que tem pleno direito, quer pela nobreza da personalidade humana, quer pela missão nobilíssima de esposa, mãe e companheira, nem a obriga a condescender com todos os caprichos do homem, quando não conformes à própria razão ou à dignidade da esposa, nem exige enfim que a mulher se equipare às pessoas que se chamam em direito ‘menores’ [de idade], às quais, por falta de maior madureza de juízo ou por inexperiência das coisas humanas, não se costuma conceder o livre exercício dos seus direitos; mas proíbe essa licença exagerada que despreza o bem da família, proíbe que no corpo desta família se separe o coração da cabeça, com grande detrimento de todo o corpo e perigo próximo de ruína. Se efetivamente o homem é a cabeça, a mulher é o coração; e, se ele tem o primado do governo, também a ela pode e deve atribuir-se como coisa sua o primado do amor.” (Casti Connubii, 27).

Portanto como ficou claro, o homem é o chefe da família. Em tudo há uma hierarquia: No céu alguns santos serão mais felizes que outros, no inferno uns sofrem mais, outros menos, alguns demônios são mais poderosos que outros (o próprio Jesus admitiu isso quando falou que existem demônios que só são expulsos com muito jejum e oração), no céu há um Rei, uma Rainha, há anjos, há os sacerdotes que estão acima em dignidade dos outros (até mesmo dos anjos) e assim por diante. Na família não é diferente: há um chefe (o homem) sua mulher e os filhos. E isso é querido por Deus. Assim Ele deixou pra ser. 

A bíblia também é claríssima na questão da submissão da mulher, acompanhe:

I Pedro 3, 1: "Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, considerando a vossa vida casta, em temor. O vosso adorno...seja o do íntimo do coração, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que és, para que permaneçam as coisas. Porque assim se adornavam antigamente também as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam submissas a seus maridos; como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, se fazeis o bem e não temeis nenhum espanto. Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações.

Ef 5, 1s: "Vós, mulheres, sejam submissas a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja."

Tito 2,1-8: “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Exorta... as mulheres de mais idade, semelhantemente, mostrem no seu exterior uma compostura santa, não sejam maldizentes, nem intemperantes, mas mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, a serem prudentes, castas, operosas donas de casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja blasfemada."

I Coríntios 14,34-35: “Como em todas as igrejas dos santos, as mulheres estejam caladas nas assembleias; porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, perguntem em casa a seus próprios maridos; porque é inconveniente para uma mulher falar na assembléia”.

I Coríntios 11,3: “Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo ”.

Mais claro impossível! Deus fez as coisas desiguais, e o nosso bem e bem da sociedade está em obedecer a ordem da criação de Deus. Esse contorcionismo para adaptar o evangelho à cultura moderna, é o mesmo que blasfemar contra a palavra de Deus, segundo palavras da própria Bíblia. Enquanto isto, esta estrutura moderna de igualitarismo contrário à criação, vai fazendo das famílias um campo de batalha... um purgatório... e ao fim vemos a desintegração geral das famílias e da sociedade. 

Alguns pretendem dizer que segundo a encíclica de João Paulo II citada acima, a submissão é recíproca, ou seja, o homem deve ser submisso à sua esposa da mesma forma. Isso nada mais é que uma total falta de entendimento do que realmente escreveu João Paulo II. Não sou devota dele, nem defensora, entretanto nesse quesito em nenhum momento João Paulo II mandou os homens serem submissos às suas mulheres. 

Quando ele diz que a submissão é recíproca, ele diz que é EM CRISTO. O que isso significa? Isso significa que ambos seguindo a lei natural querida por Deus são submissos a alguém maior: A Deus. Ambos são submissos à Cristo sendo fiéis e fazendo o que Cristo nos deixou: A mulher sendo humilde e obediente, e o esposo a amando e respeitando. 

Verdadeiro significado da submissão:


O homem governa a família, e disso já sabemos, como foi citado acima, entretanto, ele não governa como um tirano, um chefe mau humorado, autoritário, mandão. Não é esse o significado de submissão. O mundo moderno usa essa palavra de forma pejorativa, a ponto de quem ler não entender o significado e chegar a pensar que a mulher é uma escrava de seu marido, e deve fazer tudo o que ele mandar sem questionar. Não é bem assim.

Nesse ponto, Padre Daniel P. Pinheiro tem um sermão que explica a questão, veja:

"O homem, por outro lado, recebeu de Deus a Missão de ser o chefe da sociedade doméstica e de lhe assegurar o sustento e recebeu as qualidades para tanto. É para Adão que Deus diz que será preciso ganhar o alimento com o suor de seu rosto… não é para a mulher. O homem é chefe, mas não um tirano, e deve governar com caridade não para o seu próprio bem, mas para o bem da esposa e dos filhos, para que todos cheguem à vida eterna. Se São Paulo diz que a mulher deve ser submissa ao marido, ele diz também que o marido deve amar sua esposa, isto é, ele deve governar tendo em vista o bem dela (bem espiritual, antes de tudo), reconhecendo nela uma verdadeira companheira de vida e um complemento para sua perfeição." (Leia o sermão completo aqui).

O homem deve amar sua esposa e querer o bem para ela, principalmente sua salvação. Deve amar-la, não humilhá-la, deve cuidar dela, como um ser mais frágil que precisa de apoio. E não como um chefe tirano que trata mal sua escrava. Essa concepção de submissão é errônea e deve ser completamente descartada. 

O feminismo e o mundo atual


O mundo hoje quer reverter a ordem criada por Deus, a ponto de negar que o homem é o chefe da família. Quer igualar os dois como se fossem iguais e tivessem o mesmo papel na sociedade. Isso nada mais é que um artifício demoníaco para destruir uma obra do criador. 

Deus nos criou em desigualdade, a mulher não é inferior ao homem, nem o homem inferior à mulher. Ambos são iguais em dignidade, mas não iguais nos papeis frente a família. 

A cada um Deus deu papéis distintos. E isso é bom, é para o bem da própria sociedade e também dos dois. Por isso Deus quis assim. O mesmo sacerdote citado explica esse ponto:

"O feminismo diz que a mulher, com suas qualidades específicas de mulher, não tem valor, e que para ser digna, ela precisa se igualar ao homem. Ao contrário, a mulher encontra sua dignidade na função que lhe foi dada pelo criador, função que é diferente da função do homem. As funções da mulher e do homem são claras no Gênesis. A função da mulher é, antes de tudo, ser mãe, gerar os filhos e educá-los, sobretudo quando são pequenos. Não é à toa que é a mãe quem carrega o filho durante nove meses e o alimenta. A mulher tem essa função e ela tem, evidentemente, nos traços psicológicos e físicos de sua feminilidade, as qualidades para praticar bem essa função. Ela tem, em particular, uma sensibilidade muito maior que a do homem e, se é bem ordenada, essa sensibilidade é essencial para a família."Cada membro de uma sociedade encontra sua dignidade e sua perfeição ao praticar bem a sua função. A diferença de funções entre homem e mulher não supõe maior perfeição ou maior dignidade, mas simplesmente características diferentes no homem e na mulher". (Padre Daniel).

E ainda:

"Características que se complementam para aperfeiçoar ambos e para bem educar os filhos. Renunciar às características próprias de cada sexo é prejudicar a si mesmo, é prejudicar a sociedade doméstica, é prejudicar os filhos. Portanto, a dignidade da mulher consiste em gerar e educar os filhos. Gerá-los e educá-los naturalmente. Mas, sobretudo, gerá-los e educá-los para a vida eterna, ensinando aos filhos o amor a Deus desde a mais tenra idade. Claro que o pai deve participar da educação dos filhos, mas ele o faz de modo diverso, com uma influência, em geral, menor, embora essencial". (Padre Daniel).

Portanto podemos concluir, que ambos são iguais em dignidade perante Deus. Ser submissa não é ser inferior, mas reconhecer a ordem criada por Deus e aceita-la humildemente. Reconhecendo seu marido como chefe da família, e sabendo que seu dever primordial é na educação dos filhos e o cuidado com a casa. Fazendo isso podemos dizer que esta mulher é uma mulher virtuosa, como dizem as escrituras.

Espero ter esclarecido um pouco essa questão da submissão, entendida de forma tão errada hoje em dia, onde a Igreja é atacada por defender justamente a dignidade feminina.

E gostaria de dizer que esse texto foi escrito por uma mulher. Uma mulher feminina e jamais feminista! 

Salve Maria Puríssima.

4 comentários:

  1. Uma pergunta: E se o homem for mandão, autoritário, cruel até, a mulher precisa se submeter? Católico de terço na mão e seguidor da Igreja que grita, empurra, destrata. Deixa de castigo a mulher, deixa sem lanchar como castigo, igual se faz com uma criança? E aí? É preciso aceitar, dizer amém, afinal, ele é o cabeça, o maioral, o mais importante, a mulher sub, precisa aceitar e rezar, e quando não der para disfarçar a rouxidão no rosto e nos braços dos beliscões e dos tapas, o que sugere a esta mulher? Seja submissa em TUDO, minha filha, afinal ele é o seu cabeça, a história é real. Estou esperando conselhos para passar a esta mulher, o que diria a uma filha sua?

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    1. Lindalva, Salve Maria:

      Quando isso acontece a mulher não tem obrigação nenhuma de obedecer o marido.

      Segundo o Papa Pio XI, a submissão da esposa não a obriga a satisfazer todas as vontades de seu marido, PRINCIPALMENTE quando estas contrariam sua razão e sua dignidade;

      A Submissão da mulher ao marido se dá pelo reconhecimento de que na família há uma ordem, uma hierarquia. No céu, os anjos possuem uma hierarquia; na Terra, Jesus colocou Pedro à frente dos demais Apóstolos; na família, Deus colocou o homem como a cabeça.

      Homem e mulher são iguais em dignidade, mas diferentes em sua constituição biológica e psicológica e, portanto, exercem diferentes papéis na família.

      É verdade que a mulher deve reconhecer e respeitar a chefia do marido sobre a família, também é verdade que o homem deve exercer essa liderança com amor e respeito. Sem a CARIDADE CRISTÃ, o homem não é cabeça da família, é tirano. O marido deve ser para a família aquilo que Cristo é para a Igreja: chefe amoroso e humilde, mas também firme.

      “O âmbito e as modalidades de tal submissão da mulher ao marido podem variar de acordo com as diferentes condições de as pessoas, lugares e tempos. Além disso, se o marido está faltando seus deveres, as mulheres devem tomar o seu lugar na direção da família.”

      Papa Pio XI

      Espero ter esclarecido um pouco.

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    2. Então, se o marido é tirano, a mulher deve desobedecer, ele perde a autoridade. Foi isso que disse a ela, se o homem oprime, e não é digno de reconhecimento, continue ela fazendo o que Deus determina, pois todos os seres humanos possuem sua liberdade, e o homem não é superior à mulher, pois como São Paulo nos ensina: "Não há judeu ou grego, homem ou mulher, escravo ou livre". Obrigada, passarei o seu recado a minha amiga.

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  2. Veja se entendi direito: Então a mulher ser submissa ao marido é ela simplesmente ser o que ela é. Já que claramente a mulher tem mais jeito para ser dona de casa do que o marido, e tem mais jeito pra educar os filhos num sentido geral -não que o homem não tenha, mas a mulher parece que foi feita pra isso- e já o homem ele cuida da família, protegendo, trazendo o alimento etc. Isso seria a submissão certo? Porque vi um rapaz comentando que a submissão também seria de se por exemplo um esposo e uma esposa eles tem opiniões diferentes, mas que não tem uma verdade absoluta, uma opinião que acontece por conta dos gostos e características particulares de cada um, então nesse caso, a mulher teria que se submeter ao homem, por que é submissa a ele. Isso está correto?

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