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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Diferença entre Delicadeza de consciência e ser escrupuloso

Começo este artigo com uma citação de um santo que já citei tantas vezes neste blog, que acho que os seguidores já até cansaram de ler a respeito dele! Simm!!! Santo Afonso Maria de Ligório. Meu Santo de devoção a quem leio tudo que posso a respeito, a quem amo de coração. Vamos a uma frase dele para iniciar nosso artigo de hoje: 

"Note-se que uma coisa é ser delicado de consciência, e outra é ser escrupuloso. Ser delicado de consciência é uma necessidade para se tornar santo. Ser escrupuloso é um defeito e nos faz mal; devemos, por isso, obedecer ao diretor espiritual e vencer os escrúpulos, preocupações inúteis e sem razão." [1]

Não preciso nem explicar, pois o versículo é claríssimo!Uma coisa é ser delicado de consciência, ou seja evitar ocasiões próximas ou remotas de pecado. Outra coisa é ser escrupuloso. Vamos por partes. 

O que são escrúpulos? 


Já falamos um pouco deles aqui no blog. O mesmo Santo Afonso de Ligório nos ensina aqui neste outro artigo sobre escrúpulos e perturbações de consciência. No artigo citado você pode ver que o santo faz questão de falar que nem sempre os escrúpulos são ruins, pelo contrário, no início da conversão eles são muito úteis a nós. E se tornam venenosos quanto mais a pessoa cresce espiritualmente, e podem chegar nos prejudicar muito e se tornarem artifícios do demônio para nos perturbar e nos trazer inquietação. Assim ele diz: "Sob a palavra escrúpulo entende-se um vão temor, proveniente de apreensões errôneas e imotivadas de se querer pecar ou de se ter pecado. No começo da conversão, isto é, da emenda de vida, esses escrúpulos são muito úteis, pois uma alma que há pouco deixou o pecado deve se purificar cada vez mais, para o que muito contribuem os escrúpulos, já fazendo que ela se precate, já tornando-a humilde, desconfiada de seu próprio parecer e obediente à direção de seu confessor. S. Francisco de Sales diz: 'Esse temor que produz escrúpulos nas almas do que saíram há pouco do caminho dos vícios, é um preságio certo de uma futura pureza de consciência' (Fil., p.III, c.2). Pra os que tendem a perfeição e já há muito se entregaram a Deus, porém, são os escrúpulos coisa muito perniciosa". [2]

É preciso porém, diferenciar uma pessoa que tem a consciência pura e delicada (o que é algo bom), de alguém escrupuloso, e ainda podemos citar mais um tipo de pessoa: os Relaxados com sua vida espiritual! Que apontam o dedo para os filhos de Deus taxando-os de 'puritanos, escrupulosos' sem realmente o serem. Pois é. O próprio santo fala deles, veja:

"Há, pelo contrário, pessoas que se gloriam de possuir uma consciência desembaraçada e não querem de modo algum passar por escrupulosas. São elas pouco cautelosas em seu proceder, dão plena liberdade à seus olhos, à sua língua, a seus ouvidos, para que vejam, falem e ouçam tudo o que lhes apraz, e censurando aos que são mortificados, envergonham-se de passar por tais. Dizem ser beatice, afetação e singularidade se os outros falam com voz submissa e conservam os olhos baixos, deixando-se facilmente arrastar por companheiros perigosos, e tomar parte em seus vãos divertimentos. Que tais pessoas deixem de gabar-se de sua independência de consciência, porque isso denota tibieza e imperfeição, para não dizer relaxamento. Prouvera Deus que tivessem uma consciência escrupulosa, isto é, delicada, como seria para desejar". Santo Afonso de Ligório [2] [grifos nossos]

Vamos diferenciar agora um pouco mais o que são realmente os escrúpulos: Como disse nosso querido santinho acima, são um vão temor, provenientes de apreensões errôneas de se ter pecado ou querer pecar. Ou seja, é quando a pessoa fica em dúvida por exemplo, será que cometi um pecado grave ou não? E isso fica na sua consciência. Muitas vezes não é um pecado grave e ela acha que foi enorme e se perturba. Ou então, mesmo depois de ter confessado, não quer comungar pensando ser muito pecadora para isso (ocorreu com alguns santos). 

Os escrúpulos não são defeitos somente de pessoas fracas na fé. Muitos santos sofreram com escrúpulos.

Santos que tiveram escrúpulos


Santo Inácio de Loyola sofreu muito com o escrúpulo. Ele temia, por exemplo, estar cometendo uma blasfêmia se pisasse em algo semelhante a uma cruz. Sempre que um pensamento lascivo ou agressivo entrava em sua consciência, ele acreditava ter cometido um pecado mortal.

Da mesma forma, Santo Afonso de Ligório experimentou escrúpulos que o mantinham em um estado constante de angústia e dúvida. Ele usou suas próprias batalhas internas para tornar-se compassivo com os outros. Em 1765, demitiu-se do ministério episcopal e voltou a viver entre seus filhos. Dentro em pouco uma cisão se produziu no Instituto dos Redentoristas, e Santo Afonso se viu expulso de sua própria família religiosa. A provação foi muito grande, mas ele não perdeu a coragem e predisse mesmo que a unidade se restabeleceria depois de sua morte. Às suas doenças se acrescentaram sofrimentos morais que lhe causaram longas crises de escrúpulos e diversas tentações. Porém, seu amor a Deus não fez senão crescer. Além dos escrúpulos vieram enfermidades, tentações fortíssimas inclusive contra a pureza e contra a fé. [3] 

Outra santa que sofreu de escrúpulos e escreveu sobre eles, foi a doutora da Igreja Santa Teresinha do menino Jesus. Ela mesma nos dirá como sofreu com escrúpulos:

"No retiro para a Segunda Comunhão é que fui assaltada pela terrível doença de escrúpulos... É preciso passar por tal martírio, para o compreender. Ser-me-ia impossível dizer quanto não sofri em ano e meio... Todos os meus pensamentos e as minhas mais comezinhas atividades se tornavam para mim motivo de perturbação. Só tinha sossego, quando os contava à Maria, e isto me era muito penoso, por sentir a obrigação de lhe dizer todas as idéias extravagantes que me vinham à mente a respeito dela própria. Alijado meu fardo, desfrutava um instante de paz, mas a paz desvanecia-se como um relâmpago, e logo começava novamente meu martírio. De quanta paciência não precisava minha querida Maria, para me ouvir, sem dar mostras de nenhum aborrecimento!...

Mal chegava eu da Abadia, punha-se ela a arrumar-me os cabelos para o dia seguinte (pois, querendo agradar ao Papai, a rainhazinha andava todos os dias com os cabelos em cachinhos, para grande admiração das colegas, mormente das professoras que não tinham diante de si crianças tão bem cuidadas pelos pais). E durante a arrumação não parava de chorar, contando todos os meus escrúpulos." História de uma alma. [4]

Certamente existiram outros santos que sofreram de escrúpulos. Basta sermos humanos e verdadeiros católicos para tê-los. E não é restrito de pessoas fracas na fé. Quem diz que não tem e nunca teve é um relaxado na fé! São os tíbios, os que não estão nem aí para Nosso Senhor Jesus Cristo.

"O demônio só tenta aqueles que querem sair do pecado e aqueles que estão em estado de graça. Os outros já lhe pertencem, não precisam ser tentados." (São João Maria Vianney). 

Como se livrar dos escrúpulos


Acho que na primeira frase de Santo Afonso de Ligório citada neste artigo está a resposta. É preciso seguir a voz do diretor espiritual, ou seja ouvir os sacerdotes (confessores). Se eles dizem que não é pecado, não é e ponto final. Se dizem que foi um pecado venial, é venial e ponto, mesmo que sua consciência diga que é mortal. [5*]

Mesmo sendo mortal não deve se perturbar por isso, a confissão apagará o pecado. Perturbações pelos nossos pecados, inquietações não vem de Deus e sim do demônio. Quando ficamos inquietos depois de uma falta, não mostra humildade e sim o contrário, mostra que a pessoa é pouco humilde. Assim diz o próprio S. Afonso de Ligório, acompanhe:

"Quando nos acontece cometer alguma falta, é preciso que usemos de mansidão para conosco mesmos; irritar-se contra nós mesmos, após uma falta, não é humildade, mas refinada soberba, como se nós não fôssemos fracas e miseráveis criaturas. Dizia Santa Teresa: “A humildade de que inquieta nunca vem de Deus, mas do demônio.” [1]

Portanto, temos que confessar e depois disso ficar tranquilos, serenos, obedecendo em tudo o confessor, essa é a melhor maneira de adquirir tranquilidade e paz e se livrar dos escrúpulos.[5] * Ver Observação no final da página.

Outro sacerdote que ensinou como se livrar dos escrúpulos foi o Abade Grimes (1854). [6] Assim ele diz: 

"Eis aqui os sinais ou sintomas pelos quais se conhecem as almas escrupulosas: 1.º Recear incessantemente, nas suas confissões, não ter uma verdadeira dor; 2.º recear pecar nas menores coisas, como, por ex., fazer um juízo temerário, faltar à caridade ou ceder aos maus pensamentos; 3.º, ser inconstante nas suas dúvidas, mudar incessantemente de sentimento sob a mais leve aparência, julgando uma mesma ação ora lícita, ora ilícita; 4.º fartar-se frequentemente de reflexões minuciosas e mesmo extravagantes sobre as mais ligeiras circunstâncias das suas ações; 5.º, não se ater, sobre isso, ao parecer do seu confessor, e mostrar muito apego ao próprio senso; consultar várias pessoas, pesar-lhes as razões, e só se ater a si mesmo; 6.º, agir com ansiedade, com certa perturbação que tira a atenção e o discernimento, que embaraça a liberdade e retém a alma cativa. Tais são os principais sintomas das consciências escrupulosas. Mas a quem é que pertence pronunciar-se em semelhante matéria? Ao confessor; porquanto o escrupuloso nunca acredita que o é; acredita sempre que os seus escrúpulos são verdadeiros pecados. Está na sombra, não vê a sua consciência: só o juiz espiritual é que pode vê-la; e é por isto que o penitente deve seguir-lhe os conselhos, e, se for reconhecido como escrupuloso, deixar-se tratar como acometido desta moléstia. Pelo contrário, se quiser decidir por si mesmo, quanto mais quiser tranquilizar-se tanto mais se perturbará e se porá em risco de perder-se".

Ou seja, o escrupuloso não pode decidir sozinho o que fazer. Ele deve consultar um sacerdote bom, o diretor espiritual. É bom lembrar por exemplo, que "faltar com a caridade" com alguma pessoa é um pecado sim. Mas achar que faltou com a caridade sem realmente o ter feito (vãos temores), achar que pecou e faltou com a caridade mesmo depois do diretor espiritual ter dito que não foi pecado, é um escrúpulo. Existem aí três níveis, e é preciso discernimento para diferenciar: 1) O Relaxado, que nunca se preocupa com suas faltas; 2) O escrupuloso, que se preocupa com suas faltas, mas não tem tranquilidade de consciência mesmo depois do padre dizer que não pecou. [5*]. 3) E a maneira correta de agir: ter delicadeza de consciência, evitar os pecados e as ocasiões, tendo tranquilidade e paz depois de suas faltas e depois da confissão.

O que é a delicadeza de consciência


Consciência delicada é aquela pessoa que evita ocasiões de pecado, porque não quer cair, tem medo de pecar contra Nosso Senhor Jesus Cristo, ela teme desagradá-lo. Ela evita não só o pecado, mas também as ocasiões perigosas, ocasiões que podem fazê-la cair em pecados. Uma pessoa delicada de consciência se nega a fazer determinadas coisas para não ofender a Deus. Muitos santos falam sobre isso, veja por exemplo São Domingos Sávio: "Antes morrer que pecar." Ou ainda o próprio Santa Teresa: "Que Deus vos livre dos pecados deliberados, por pequeno que seja!" [7] 

Santo Afonso de Ligório diz, falando das pequenas faltas: "Assim, por exemplo, as mentiras voluntárias, as pequenas murmurações, as imprecações, os ressentimentos, o caçoar do próximo, as palavras picantes, a vaidade, as antipatias nutridas no coração, a afeição desordenada a pessoas de outro sexo. Santa Teresa dizia: 'Esses pecados são como vermes que não se deixam conhecer enquanto não roerem as virtudes em nós... Com as coisas pequenas o demônio vai abrindo buracos onde entram as coisas grandes." [1]

O que os santos ensinam é que devemos buscar a perfeição. E evitar todos os pecados, até mesmo veniais, corrigir nossas faltas deliberadas e evitar as ocasiões de pecado. E isso não é ser escrupuloso, isso é ser delicado de consciência, é uma virtude, é algo bom! 

O que não é um escrúpulo, mas os mundanos te acusarão


Agora quero falar de algo importante. Porque é algo que os mundanos acusam nós católicos de "puritanos, escrupulosos" e na realidade, não são escrúpulos, tampouco é puritano quem faz tais coisas. Quem nunca ouviu de sua mãe por exemplo: "menina você tá ficando fanática, só vai na Igreja, só usa saias, pare de ser exagerada". Bem, eu já ouvi isso da minha mãezinha, a amo muito, mas infelizmente ela não é uma católica praticante e me machucou muito a um tempo atrás com tais comentários. E sei que muitas de vocês, meninas seguidoras do blog passam por isso. As pessoas que são do mundo adoram acusar os filhos de Deus de "exageradas, puritanas" para destruir naquela pessoa uma VIRTUDE que certamente agrada a Deus. A tais pessoas não se deve dar ouvidos. 

A pessoa delicada de consciência como já foi dito, evita ocasiões de pecado. Sou eu quem digo? Não, novamente é o doutor da Igreja, S. Afonso de Ligório. Nesse artigo, o santo diz que não devemos sequer olhar para o rosto de pessoas do outro sexo, e devemos ter um cuidado enorme com o olhar. Porque é do olhar que nasce os maus pensamentos (impuros). Citando a bíblia com muita autoridade, “Fiz um contrato com meus olhos de não cogitar sequer em uma virgem”, diz Jó (Job 31, 1). Santo Afonso de Ligório mostra como sermos puros e nunca contemplar outras pessoas, e deve-se também evitar ir a lugares que podem te fazer pecar. Assim diz Santo Afonso


"São Francisco de Sales dizia: “Quem não quiser que o inimigo penetre na fortaleza, deve conservar as portas fechadas”. Por essa razão foram os Santos tão cautelosos em seus olhares. Por temor de enxergarem inesperadamente qualquer objeto perigoso, conservavam os olhos quase sempre baixos, e se abstinham de olhar coisas inteiramente inocentes." [2]

Para ler o texto completo do santo, você pode clicar no link supracitado. Existem outros escritos também no blog sobre o mesmo assunto de evitar ocasiões perigosas de pecado. Acesse: Mortificação do olhar; Da obrigação de evitar ocasiões perigosas; Algumas ocasiões que devemos evitar cuidadosamente; e também um trecho bíblico que ensina não contemplar pessoas de outro sexo para evitar pecar. Todos os artigos citados, bem como seus títulos foram escritos inteiramente por Santo Afonso de Ligório. 

O mesmo santo, condena tais pessoas, que acusam os filhos de Deus de exagero, enquanto se tornam relaxadas. Trecho já citado anteriormente, mas faço questão de citar mais uma vez para que não haja nenhuma dúvida, perceba que ele fala, que os mundanos nos acusam de exagero, de escrupulosos por "manter os olhos baixos" ou seja, não olhar para todos os lados para evitar pecados impuros veja:

"Há, pelo contrário, pessoas que se gloriam de possuir uma consciência desembaraçada e não querem de modo algum passar por escrupulosas. São elas pouco cautelosas em seu proceder, dão plena liberdade à seus olhos, à sua língua, a seus ouvidos, para que vejam, falem e ouçam tudo o que lhes apraz, e censurando aos que são mortificados, envergonham-se de passar por tais. Dizem ser beatice, afetação e singularidade se os outros falam com voz submissa e conservam os olhos baixos, deixando-se facilmente arrastar por companheiros perigosos, e tomar parte em seus vãos divertimentos. Que tais pessoas deixem de gabar-se de sua independência de consciência, porque isso denota tibieza e imperfeição, para não dizer relaxamento. Prouvera Deus que tivessem uma consciência escrupulosa, isto é, delicada, como seria para desejar". Santo Afonso de Ligório [2]

"tomar parte em seus vãos divertimentos". Isso soa bem apropriado para aqueles que nos condenam por não frequentar bailes perigosos. 

O conhecimento, o estudo sobre as coisas de Deus nos faz ama-lo mais e nos firmar na fé. Falo isso porque já ouvi demais de outras pessoas que sou "puritana" e "escrupulosa" por usar somente saias ou não ir nas praias por exemplo. Nenhuma dessas coisas são escrúpulos! 

Deixar de usar roupas indecentes é evitar ocasião de pecado. Usar saias não te perturba a consciência, não te dá inquietação. Isso nunca poderia ser um escrúpulo. Muito menos ainda quando sabemos que a atitude é instrução dos próprios bons sacerdotes. Visite a aba: "Sermões de sacerdotes" e veja que existem só no nosso blog 18 sermões onde todos os padres ali listados ensinam as mulheres usarem somente saias e vestidos modestos. Seria Padre Paulo Ricardo um "puritano"? Um escrupuloso? 

Isso não é um escrúpulo! Dizer isso demonstra total falta de noção do que é santidade. 

Evitar frequentar praias foi um dos ensinamentos do Venerável Papa Pio XII. Veja:

"Seu apostolado será realizado, acima de tudo pelo bom exemplo. Será o dever de seu amado Presidente, de seus líderes sábios, ensinar-lhes que antes de vocês colocarem um vestido, vocês devem se perguntar o que Jesus Cristo iria pensar disso; eles vão avisá-las que, antes de aceitar um convite, vocês devem considerar se o seu invisível guardião celestial poderá acompanhá-las, sem cobrir seus olhos com suas asas; eles vão dizer-lhes quais teatros, quais companhias, quais praias evitar; eles vão mostrar a vocês como uma garota pode ser moderna, culta, esportiva, cheia de graça, naturalidade e distinção, sem ceder a todas as vulgaridades de uma moda doentia."


“É supérfluo recordar quanto o rádio e o cinema foram usados e abusados para a difusão daquele materialismo, e do mesmo modo: o mau livro, a licenciosa revista ilustrada, o espetáculo impudico, o baile imoral, a IMODÉSTIA das praias contribuíram para aumentar a superficialidade, o mundanismo, a sensualidade da juventude.”

(Papa Pio XII. Discurso, mulheres da Ação Católica, 24 de julho de 1949).

Vamos ter em mente que desde 1949 muita coisa piorou na sociedade e também nas praias! Se aquela época Pio XII mandava as pessoas terem cuidado com as praias que visitam é porque existia imodéstia nelas. Imagina hoje? Hoje que usam fio dental, que homens estão só de sungas, mulheres fazendo top less (que se tornou algo comum principalmente nas grandes cidades)? Desde quando evitar ver pessoas semi nuas é um escrúpulo de consciência? 

Como disse o Padre Lodi da Cruz: "Em relação a pecados contra a pureza dificilmente exageramos." Não, não é um escrúpulo usar saias, não é um escrúpulo deixar de usar roupas indecentes, não é um escrúpulo deixar de frequentar lugares com pessoas sem roupas, não é um escrúpulo manter os olhos baixos! Isso é delicadeza de consciência! 

Esperamos realmente que esse artigo tenha sido muito útil para lhes dar tranquilidade, paz que todos almejamos. E não esqueça de um conselho sábio de São Francisco de Sales: [8]

"Não se deve fazer caso do que dizem os mundanos."

Fontes:
[1] Santo Afonso Maria de Ligório - A Prática do Amor a Jesus Cristo. Ed. Santuário; Pag. 95-96.
[2] Santo Afonso Maria de Ligório - Escola da Perfeição Cristã.
[3] Sanctorum.
[4] Santa Teresinha do Menino Jesus - História de uma alma.
[5] *Hoje com a crise de fé em que nos encontramos existem muitos sacerdotes péssimos que são incapazes de guiar uma alma até Deus. Com a teologia da liberação e o modernismo mais da metade do clero já se desviou da fé católica autêntica. No quesito modéstia é quase impossível encontrar um sacerdote que se preocupe com isso e seja fiel a moral da Igreja. Portanto tome cuidado e procure, como uma agulha em um palheiro, um bom sacerdote para confiar sua alma, e que ele possa te guiar e te ajudar na sua direção espiritual. Obedecer um mau padre é péssimo para nossa alma.
[6] Abade Grimes (1854): Tratado dos escrúpulos de consciência - Parte I: Definição e natureza dos escrúpulos, seus sintomas. 
[7] Sta. Teresa, Caminho de perfección, c. 41, Obras, III, p. 198.
[8] Filotéia - Introdução à Vida Devota. S. Francisco de Sales.

5 comentários:

  1. Olá... achei o artigo muito bom. Já sofri muito com os escrúpulos, e é muito bom encontrar pessoas que saibam a tormenta de se passar por tal estado. Tenho acompanhado alguns artigos do blog e gostado muito :) Ah, gostaria que por favor pudesse me ajudar numa questão: a respeito de cremes, cosméticos, perfumes, etc., podemos usar tais coisas sem problemas, ou devemos nos mortificar disso também? Às vezes me considero pouco penitente por utilizar cosméticos, mas às vezes também penso comigo mesmo que estou sendo um pouco exagerada. Que Deus te abençoe pela intercessão da Santíssima Virgem.

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    1. Oi Camila! Os Santos falam que a vaidade tira nossa devoção sim, inclusive S. Afonso de Ligório diz que a vaidade vai nos privando dos consolos espirituais, e se nos apegamos demais Deus vai nos deixando de lado aos poucos (não nos dá tantas consolações), e isso pode nos fazer cair em pecados. Então, não é bom ser extremamente vaidosa, mas também não deve ser relaxada consigo mesma, principalmente se a mulher for casada ou solteira que quer arrumar um marido. S. Tomás de Aquino diz que a mulher casada pode se enfeitar para agradar seu marido, e a solteira pode fazer isso também sem cometer pecado algum se quiser arranjar marido. Mas a vaidade para incitar a concupiscência é sempre pecado mortal (se tiver intenções impuras). Enfim, tudo na medida certa não é pecado. Salve Maria.

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  2. Algo que me aliviou muito foi saber que grandes santos também passaram pelas inquietações devidas a pensamentos lascivos, e eu achando que era somente eu.

    Quando Santa Teresa diz: "Quando nos acontece cometer alguma falta, é preciso que usemos de mansidão para conosco mesmos; irritar-se contra nós mesmos, após uma falta, não é humildade, mas refinada soberba, como se nós não fôssemos fracas e miseráveis criaturas.Quando nos acontece cometer alguma falta, é preciso que usemos de mansidão para conosco mesmos; irritar-se contra nós mesmos, após uma falta, não é humildade, mas refinada soberba, como se nós não fôssemos fracas e miseráveis criaturas." Poxa, isso vai mudar minha vida.

    Muito obrigado.

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  3. Se você não foi "diagnosticada" pelo seu confessor como escrupulosa, esqueça essas pessoas.

    Devemos rezar por aqueles que nos perseguem e aguentar algumas injúrias de boa vontade para mais nos assemelharmos ao Divino Mestre que mesmo humilhado publicamente não abriu a boca para se defender.
    .
    Quanto mais nos defendemos, mais damos brecha ao amor próprio.

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