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terça-feira, 30 de abril de 2013

Pode uma pessoa de boa consciência frequentar piscina mista ou praia?

"Um dia, vi um tanquíni lindo numa vitrine; comprei e comecei a usar logo. Me senti mais “protegida”, decente e bonita com ele. Foi assim que abandonei o biquíni". 
“a catequista”

Este trecho lamentável foi citado num artigo que se denomina "católico", eis a resposta que está em acordo com a Moral Católica. Foi escrita originalmente por Carlos Laia no seguinte artigo: Pode uma pessoa de boa consciência freqüentar piscina mista ou praia?



Em mais um post voltado para o público jovem, o blog “O catequista” trata da questão de trajes de banho e afirma que não há problema algum das jovens irem à praia, para isso precisaria somente tomar o cuidado de se vestirem com modéstia e pudor na praia: como se isso fosse possível. Para isso “a catequista” autora do post recomenda certo traje que ela mesma classificou de “modesto e recatado” “….usando um tanquíni com calcinha grandinha (como o da foto ao lado) as meninas e mulheres ficam bem mais recatadas do que com um biquíni ou com um maiô comum, daqueles cavados atrás”

Trata-se de um traje minúsculo de duas peças que de nada tem de recato e modéstia, por motivos óbvios não publiquei as fotos. Não é apresentado no texto nem uma opinião de qualquer moralista, somente é citada uma frase do livro “Amor e responsabilidade” do então Bispo Karol Wojtyla. “A catequista” mesmo lembra que há controversas sobre as afirmações do Bispo. “Algumas pessoas levantam e hipótese de Wojtyla ter se equivocado nesse ponto… tudo bem. Afinal, não se trata de nenhum artigo infalível (nem papa ele era nessa época). Mas, a mim, a opinião do JP II parece muito razoável”

Seria simples assim? 

“Não se pode tolerar qualquer traje de banho que, postas as circunstâncias do ambiente ou da pessoa que o usa, seja gravemente provocativo para os demais. (…) Uma pessoa de boa consciência não freqüentará jamais uma piscina mista.” (A. Royo Marín, OP,Teología Moral para Seglares, BAC, Madrid, 1964, 3ª ed., pp. 414-415). 

Em primeiro lugar vejamos o quer dizer recato. O nosso amigo Aurélio deixa claro que uma pessoa recatada tem que ser cautelosa, recolhida, modesta, simples, deve ter vergonha e mal estar pelo que pode ferir a decência e a honestidade (pudor). O Catecismo nos manda fugir das ocasiões que leva ao pecado como forma de evitá-lo. 

“Não é decente que homens e mulheres fiquem seminus em praias e piscinas, ou dito de outro modo, é indecente este costume está hoje moralmente aceito pela imensa maioria, também dos cristãos: Mas é mundana, não é cristã. Jesus, Maria e José não aceitariam tal uso, por mais generalizado que estivesse em sua terra e tampouco os santos”. (Elogio ao pudor Pe. José Maria Iraburu).

Ora, quem vai à praia se bronzear não está sendo no mínimo cautelosa, pois está expondo o corpo para ser admirado, cobiçado levando outras pessoas ao pecado de desejo, pensamento e cobiça, portanto já cometendo um pecado. Os ateus, pecadores públicos e praticantes de uma religião de conveniência que disseminaram esses costumes entre católicos não deseja outra coisa se não afastar da virtude os católicos incautos. Não acreditar nisso é como acreditar que ao jogar um punhado de macarrão de letrinhas de uma janela ao cair elas formaram uma frase qualquer. Há uma intenção planejada e calculada nos mínimos detalhes. 

“Não ofendam a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.” (Nossa Senhora de Fátima em 1917) 



“Não devem ser escusados de pecado grave as pessoas de diferente sexo que mutuamente se olham, conversam, passeiam, etc., quase nuas, nos balneários públicos, com trajes sumaríssimos que cobrem apenas as partes genitais dos homens ou das mulheres e os seios destas últimas. Embora não se procurem movidos por má intenção, entretanto o convívio demorado será necessariamente gravemente excitante. Ademais, quem assim se expõe à contemplação pública, comete pecado de grave escândalo.” (Antonio Peinador, CMF,Cursus Brevior Theologiae Moralis, COCULSA, Madrid, 1956, t. III, p. 596). 

A Bíblia apresenta a vergonha da própria nudez como um Sentimento originário de Adão e Eva, confirmada por Deus, que “lhez fez vestidos, e os vestiu” (Gen 3,7. 21)”. Ficar, pois, quase despidos exibindo os corpos é contrário à vontade de Deus. Certas modas, praias e piscinas mistas nas quais quase se elimina este velamento do corpo humano querido por Deus não são senão costumes mundanos, contrários aos ensinamentos dos Padres e da tradição cristã, que venceu essas práticas de impudor dos pagãos. Essa nudez parcial ou total era normal no mundo grego-romano, em jogos, termas, ginásios e orgias, foi rechaçada pela Igreja. Os corpos seminus nas praias, em exposição é um retorno a essa degradação e sua malícia, enfraquecendo as almas tornando-as vulneráveis a ação do demônio que nos tenta e nos leva a ofender a Deus. 

"Ao menos para certa idade e condição, é pouco provável que uma pessoa assuma este alto grau de nudez sem pecado de vaidade positiva: orgulhada própria beleza; ou negativa: pena da própria feiúra – o que vem a ser o mesmo; e sem perigo próximo, próprio ou alheio, de pecado de impureza”. (Elogio ao pudor - Pe. José Maria Iraburu) 

“Aquele que olha para uma mulher desejando-a, já adulterou com ela seu coração.” Mt (5,28). 

“E embora esta pessoa se veja isenta das tentações aludidas acima – coisa” difícil de crer -, faz um mal em todo caso ao apoiar ativamente com sua conduta. Um mau costume, que a outras ocasiona muitas tentações, e que, dessacralizando a intimidade pessoal desvaloriza o corpo – e conseguintemente a pessoa mesma – Oferecendo-o aos olhares de qualquer um". (Elogio ao pudor -Pe. José Maria Iraburu) 

"Ademais, os religiosos fiéis à sua vocação não frequentam praias nem piscinas, e os leigos que buscam a santidade tampouco devem fazê-lo, a não ser em “Condições de lugar, hora e companhia sumamente restritas”. (Elogio ao pudor - Pe.José Maria Iraburu)

“O pudor ordena à castidade, mas não como uma virtude distinta dela, mas como uma circunstância especial.” São Tomás (Suma Teológica. II-II, 151,4). Na escada da virtude ou se estar subindo ou descendo, nunca estacionado. Um tema de tamanha amplitude necessita de forte embasamento nas sagradas escrituras bem como de moralistas que se aprofundaram no tema e viveram experiências na formação da juventude. É o que faz o padre José Maria Iraburu em seu livro “Elogio ao pudor” que recomendo a todos que realmente querem conhecer, praticar e orientar os jovens de hoje tão carentes da doutrina cristalina, sem contaminação pós–conciliar, de uma falsa moral ditada segundo a interpretação livre da moral católica. O que “a catequista” faz é dizer o que Ela "acha"  não dando aos jovens leitores a doutrina sobre esse e tantos outros temas por Ela tem tratado. Neste post Ela ainda conseguiu dar um conselho que se aproveita: “procure bons mestres, guias espirituais que saibam indicar-vos o caminho para a maturidade, pondo de lado o que é ilusório, aparência e mentira”. Façam isso e não tenham sua opinião como verdade e nem esse blog como fonte da verdadeira doutrina Católica, pois não é. 

“Ó Deus, que mostras a luz de tua verdade aos que andam extraviados para que possam voltar ao bom caminho, concede a todos os cristãos repudiar o que é indigno deste nome, e cumprir tudo quanto n´Ele se significa.” (III lunes Pascua). 

À todos nós, disse o Senhor: “Aquele que tem ouvidos, ouça o que o “Espírito diz às igrejas.” (Apoc. 2,29).

“Não todos entendem isto, mas aqueles a quem há sido dado… “Aquele que puder entender, que entenda.” (Mat. 19,11-12).

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"Eu quero que todos vocês meus queridos filhos espirituais, combatam com o exemplo, e sem respeito humano uma santa batalha contra a moda indecente. Deus estará com vocês e irá salvá-los." São Pe. Pio de Pietrelcina

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