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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Santa Joana d´Arc usava traje masculino?

História da Vida 


A mais empolgante e quase inverossímil história de santos é, sem dúvida, a da Virgem Joana d'Arc, a heroína de 19 anos, guerreira sem nunca ter ferido alguém, comandante de exército e mártir da pátria e da fé.

Sua vocação foi única na biografia cristã, pois teve a incrível tarefa de libertar sua pátria, a França, dos invasores ingleses e coroar o legítimo rei Carlos VII, garantindo assim a independência dos franceses.

Filha de pobres camponeses, Joana nasceu na Lorena, em 1412. Foi criada no meio rural, na simplicidade e inocência, na piedade e santo temor de Deus. Era analfabeta, usando como assinatura uma simples cruz. Na idade de treze anos, Deus a escolheu para experiências sobrenaturais. Apareciam-lhe amiúde o Arcanjo Miguel, as Santas Catarina e Margarida, a fim de prepará-la à missão divina a que Deus a destinava.

Tristíssima era a condição da França naqueles anos. Havia decênios, estava sendo invadida por exércitos ingleses, chefiados por Henrique VI que se arvorava o direito de conquistar o trono da França. Por toda a parte semeava ruína e destruição.

As vozes angélicas exigiam de Joana que rechaçasse os usurpadores, reconquistasse a cidade de Orléans a fim de conseguir que Carlos VII fosse coroado em Reims, como legítimo rei da França. Tarefa aparentemente impossível para uma pobre, tímida e inexperiente donzela de 18 anos. Mas as vozes se tornaram cada vez mais insistentes, exigindo de Joana o mais pronto cumprimento da vontade de Deus. Enormes e quase insuperáveis foram as dificuldades que surgiram contra o plano de Joana. Contudo, conseguiu se apresentar ao rei Carlos VII. O monarca providenciou para que se fizesse o mais severo inquérito sobre o comportamento e intenções de Joana e só aceitou sua mediação quando viu claramente o sinal divino.

Granjeada a plena confiança do rei e de seus conselheiros, Joana, montando num cavalo branco, revestida de armadura de aço, conforme o costume do tempo, segurando um estandarte com a cruz de Cristo e os Santíssimos Nomes de Jesus e Maria, chefiou militares e oficiais para a batalha decisiva contra os ingleses, embora ela nada conhecesse de estratégia militar. Arrastados pelo fascínio sobrenatural de Joana, os militares deram batalha contra a cidade de Orléans, reconquistando-a das mãos dos ingleses. Os soldados, acostumados à rude vida militar, enxergavam em Joana um ser angélico, em cuja presença ninguém se atrevia a dizer ou praticar inconveniências. Ela conseguia manter a mais rigorosa disciplina. Reconquistada Orléans, rechaçados os inimigos, Joana acompanhou Carlos VII a Reims, a fim de que fosse oficialmente coroado rei da França. Esta delicada missão durou mais ou menos um ano, depois do qual ela desejou voltar para sua terra, ao seu campo. Mas o rei insistiu a fim de que continuasse a chefiar o exército na reconquista de Paris, em cuja missão, porém, não foi feliz. Ferida, caiu nas mãos dos adversários, que a entregaram às autoridades inglesas, a preço de ouro. Humilhada, torturada, tencionavam os inimigos induzi-la a negar sua missão divina, renegar suas visões. Tudo foi inútil. Então, intentaram um ridículo processo, em que uns sacerdotes renegados a condenaram como feiticeira, blasfema, herética.

Foi condenada à fogueira. Era o dia 30 de maio de 1431. Na morte, Joana demonstrou sua grandeza de alma, sua firmeza e dignidade superior à idade e ao sexo. Faleceu repetindo os Santíssimos Nomes de Jesus e Maria.

Vinte anos depois, os pais pediram ao papa a revisão do processo de condenação de Joana. O Papa Calisto III autorizou uma comissão que, numa pesquisa serena e profunda, reconheceu a nulidade do processo por vício de forma e de conteúdo. Joana d'Arc foi reabilitada na opinião pública, foram-lhe reconhecidas as virtudes heroicas e os sinais de uma missão divina e foi proclamada Mártir da Pátria e da Fé. A França proclamou festa nacional, para o dia do martírio de Joana, 30 de maio, e a Igreja, mais tarde, a elevou às honras dos altares. [1]

Santa Joana usou traje masculino?


É verdade, porque, excepcionalmente, por vontade de Deus, ela teve que exercer uma função que era própria do homem. Deus pode suspender certas leis morais de ordem secundária. Além disso, para impedir que sua função e sua veste fosse causa de qualquer risco de sensualidade entre os homens, Deus a dotou de uma pureza e modéstia tais que superava qualquer inconveniente de ordem natural: Os comandantes do exército francês, companheiros de armas da santa guerreira, depunham no processo de revisão de sua condenação: diante de Santa Joana d´Arc jamais eles sentiam qualquer tentação carnal, mesmo nas condições precárias de uma acampamento militar, tal era a irradiação milagrosa de pureza que dela se desprendia. [2]

Se uma jovem for chamada para a revelação divina à mesma missão que Santa Joana d´Arc terá também a graça correspondente.

Fontes:
1 - CONTI, D. Servilio. I. M. C. O Santo do dia. 7a. edição. Petrópolis: Editora Vozes, 1999, p. 234-235.
2 - JEANNE D́ARC. E. Bourassin, 1977, pgs.55 e 125.

Um comentário:

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"Eu quero que todos vocês meus queridos filhos espirituais, combatam com o exemplo, e sem respeito humano uma santa batalha contra a moda indecente. Deus estará com vocês e irá salvá-los." São Pe. Pio de Pietrelcina

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