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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O que aprendi com as moças “vintage”

Fonte: http://teusvestidos.wordpress.com/2011/08/26/o-que-aprendi-com-as-mocas-vintage/


Vestir-se “vintage” é uma moda que foi ganhando espaço nos últimos anos. Ela tem dois lados muito fortes: o primeiro, é a *inspiração vintage*.  Todos os dias, celebridades desfilam com modelos inspirados em décadas anteriores e os estilistas lançam peças que lembram tudo aquilo que foi produzido até os anos 80. As lojas de departamento estão cheias de blusas e acessórios estampados de flores miúdas, com um toque bem mais feminino do que há uns 5 anos. [Apesar disso, nada desbanca  o uniforme da nossa época - leia-se jeans e camiseta - que continua representando uns 90% do que as mulheres usam no dia-a-dia. É muito fácil sair com uma blusa bonitinha das lojas, mas nada se pode fazer quando se procura vestidos e saias mais longas... ]
O outro lado dessa moda fica por conta de moças que se vestem literalmente com roupas de décadas passadas. Dependendo da vertente, elas podem ser muito ou nada caricatas. São moças [e senhoras] que garimpam brechós e sites na internet, em busca da autêntica [ou réplica fiel] peça vintage! Entre os itens mais almejados, estão os vestidos… uma parte considerável dessas moças deseja tanto se vestir desta forma, que simplesmente aprendem a costurar [e muito bem, por sinal], para que assim possam copiar todos os modelos que sempre sonharam vestir… entendem de tecidos, compram moldes antigos, revistas e aprendem até mesmo a desenhar os moldes das peças que tanto querem.

O que eu aprendi com as moças “vintage”

Pesquisando para o apostolado de modéstia, sempre é possível usar como exemplo alguns dos visuais que estas moças criam… geralmente, eu busco os que atendam às normas marianas de modéstia, e sejam facilmente adaptáveis para os nossos dias. Nem sempre dá para aproveitar o look, já que algumas moças acabam pesando o visual, caricaturando a roupa, ou copiando um estilo de vestir indigno da época, um tanto extravagante. Não deve nos surpreender, uma vez que estas décadas anteriores [40,50,60] também tinham imodéstia e muito sensualismo… mas, para além de modelitos e idéias para as minhas roupas, estas moças me ensinaram – e podem ensinar a vocês também – lições valiosas. Eis algumas:
O “eu” do texto não quer dizer necessariamente que estou passando por estes dilemas [por exemplo não uso calças há  3 anos]. De fato, dei alguns exemplos do meu início de mudança, mas os pensamentos são sobretudo para as que não abraçaram a modéstia mariana por completo. 
Lição N°1: Estas moças se esforçam - por vaidade e “estilo” - para se vestirem exatamente como querem. Já eu, pela modéstia e por Nossa Senhora, estou constantemente reclamando das dificuldades.
Como todas as moças que iniciam a mudança no guarda-roupa para se vestir com modéstia, o meu início teve muitas dificuldades. Nesta época, eu reclamava bastante: do vento, de como era difícil encontrar roupas decentes nas lojas, como as que eu encontrava ou arranjava acabavam não me agradando. Parecia-me que eu estava fazendo um grande favor – não se sabe exatamente a quem, se para Deus ou para a humanidade – por estar buscando um vestuário decente… e qual era a recompensa para o meu esforço? Pessoas falando mal da minha nova forma de me vestir e saias curtas nas lojas [só então me ocorreu que eram curtas].
Em contrapartida, as moças vintage não se cansam de garimpar e juntar dinheiro para ter algumas peças do jeito que querem; esperam semanas para que o produto chegue em suas mãos; saem durante dias e dias passeando em lojas e brechós, para quem sabe, conseguir uma saia godê, que lembre os anos 50.
Todo este esforço, apenas por modismo e vaidade: estas moças são geralmente cults e alternativas, e desejam expressar o seu estilo com um toque retrô.
Quanto à mim, espero que caia do céu a loja modesta, para assim eu não ter muito trabalho de colocar a minha mudança em prática.

Lição N°2: As moças vintage não se mostram constrangidas de saírem na rua como se vivessem em 1951, enquanto para mim parece motivo de vergonha usar uma saia decente.
 Na verdade, nem precisaríamos das moças vintage para nos dar esta lição. Algumas de nós – no passado, e sobretudo na adolescência – pode ter sido uma autêntica vítima de uma moda “sem noção”. Já foi moda pendurar celular no pescoço, usar lenços de crochet na cabeça, vestidos em forma de avental, deixar a barriga completamente de fora, entre outras coisas.
Algumas moças aficionadas por moda antiga saem nas ruas, não poucas vezes, com um padrão de modéstia bastante rígido: decote alto, vestido longuete, cardigã. Completam o visual com o penteado da época, sapatos fechados, meias, acessórios e maquiagem… tudo, em boa parte das vezes, fora de moda.
Com relação à minha pessoa, causa extremo desconforto trocar a calça jeans pela saia decente, de tal modo que isso me leva a pensar em desistir da modéstia, por não suportar estar diferente das outras pessoas. Enquanto as moças vintage se orgulham do estilo que escolheram por moda, eu às vezes me envergonho do meu estilo “modesto”.
Lição N°3: O estilo vintage faz com que muitas aprendam coisas como costurar e reformar as próprias roupas; no meu caso, não me esforço sequer para encontrar alguém que costure para mim.
Com efeito, muitas destas mulheres aprendem a costurar e reformar as próprias roupas – e com que dedicação! Fazem cursos, aprendem pela internet, e geralmente são perfeccionistas… o tipo de costureira que trabalha com o ferro do lado! Tenho visto um grande número de moças que produzem as próprias peças que vestem, com o objetivo de assim não dependerem de lojas ou brechós.
Comparo esta realidade com a minha: como demorei para ir na primeira costureira! Adiei este dia por preguiça e por receio de realmente ter de mudar por Nossa Senhora… não pareceu para mim tão urgente me vestir de maneira decente, quanto parece urgente para algumas mocinhas andar na moda vintage!
Lição N°4: Para não terem de abdicar do modo como escolheram se vestir, as moças vintage procuram ter um estilo de vida e trabalho que não as obrigue a usar outro tipo de roupa. Quanto à mim, adio minha mudança para a modéstia por não querer desistir de certas atividades. 
Muitas podem pensar: essas moças vintage se vestem assim nas horas livres, porque podem. Mas gostaria de ver se elas trabalhariam assim! Ou se saem para todos os lugares dessa forma!
Uma parte considerável dos trabalhos hoje não exige uniforme fixo, embora quase todos os empregos tenham normas que regulam mais ou menos o que seria conveniente para um empregado vestir. Quem é professora, trabalha em escritório ou em banco, por exemplo, compra para si mesmo roupas para o trabalho. 
Muitas das moças que escolhem para si mesmas o estilo vintage afirmam que não aceitariam um emprego onde não pudessem se vestir da mesma maneira, “pois isso não expressaria quem elas são”, e também “causaria desconforto”. Portanto, procuram ocupações que ao menos não imponham que elas mudem sua maneira de ser.
Quanto à mim… que vou fazer se não puder trabalhar com a roupa modesta? Penso logo em ceder… não é possível ser diferente do mundo! A verdade é que eu tampouco gostaria de deixar de praticar esportes, ir à praia ou sair com meus amigos sem parecer “estranha”… quando dou por mim, o único lugar onde eu poderia ser realmente modesta seria quando fosse á Santa Missa!
O que estas moças vintage fazem por modismo, eu não faço pela virtude! Se a vestimenta imodesta fere o pudor, não deveria eu me negar a ferir este mesmo pudor, em todas as situações?
"Eu quero que todos vocês meus queridos filhos espirituais, combatam com o exemplo, e sem respeito humano uma santa batalha contra a moda indecente. Deus estará com vocês e irá salvá-los." São Pe. Pio de Pietrelcina

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