Quem nunca ouviu de alguém, na paróquia, ou de um sacerdote que nós devemos ser Santos nas pequenas atitudes? Bom isso parece fácil assim só falando não é? Mas você realmente sabe o que isso significa?
Eu lembro muitas vezes de ouvir de determinadas "catequistas" que devemos ser santos nas pequenas coisas, e que São João Bosco era alegre e vivia feliz! Na maneira que foi dita deu a entender que "bastava sorrir" e tudo tava resolvido, assim num estalar de dedos a gente pode se "tornar santos em pequenas coisas". Bom será que é assim mesmo? Ou é algo muito mais profundo que isso? É esta reflexão que quero propor aqui com esse pequeno artigo.
Primeiro vamos pensar em uma coisa muito importante. É possivel ser Santo, em estado de pecado mortal? Não. O Pecado mortal é algo que os Santos abominavam. Segundo Santo Afonso de Ligório¹ o pecado mortal nos afasta de Deus. Quando o cometemos o próprio homem vira as coisas para Deus, é uma ofensa, uma afronta, e merecemos então, o inferno. O Catecismo da Igreja Católica traz a seguinte descrição sobre a gravidade dos pecados:
1. Pecado Mortal: destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior.
Condições necessárias para um pecado ser mortal:
- Matéria séria;
- Matéria séria;
- Reflexão suficiente;
- Pleno consentimento da vontade.
2. Pecado Venial: deixa subsistir a caridade, embora a ofenda e fira, (Pecado leve).
Já dizia Santa Teresa de Jesus: "Rezar pelos que estão em pecado mortal é uma esmola muito grande."
O Catecismo traz ainda que existem três requisitos para que o pecado seja, de fato, considerado mortal. Vejamos:
"É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente. A matéria grave é precisada pelos Dez Mandamentos [...]"
São Pe. Pio de Pietrelcina dizia: "Cuide de estar sempre em estado de graça."
E agora Santo Agostinho: "O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo
menos os pecados leves. Mas esses pecados que chamamos leves, não os
consideres insignificantes, se os consideras insignificantes ao
pesá-los, treme ao contá-los. Um grande número de objetos leves faz uma
grande massa; um grande número de gotas enche um rio; um grande número
de grãos faz um montão. Qual é então nossa esperança? Antes de tudo, a
confissão..."
E ainda o Catecismo de São Pio X² diz que os membros da Igreja que estão em pecado mortal são membros mortos!
Já percebemos que não podemos de maneira nenhuma sermos Santos em estado de pecado mortal. O Pecado mortal é gravíssimo, e quando o cometemos não estamos em estado de graça. O Pecador que comete fica merecendo o inferno, e se morrer sem confissão deste pecado, sem arrependimento, a Igreja ensina que irá diretamente para o inferno. Pois o pecado mortal nos afasta completamente de Deus. Portanto, não podemos "Ser Santos nas pequenas coisas" se estivermos em estado de pecado grave.
Já percebemos que não podemos de maneira nenhuma sermos Santos em estado de pecado mortal. O Pecado mortal é gravíssimo, e quando o cometemos não estamos em estado de graça. O Pecador que comete fica merecendo o inferno, e se morrer sem confissão deste pecado, sem arrependimento, a Igreja ensina que irá diretamente para o inferno. Pois o pecado mortal nos afasta completamente de Deus. Portanto, não podemos "Ser Santos nas pequenas coisas" se estivermos em estado de pecado grave.
Vendo a vida dos Santos, principalmente Santa Teresinha do menino Jesus é chamada de "Santa das pequenas coisas". Pois vemos que ela não fez uma obra extremamente grande, mas foi santa em suas atitudes pequenas, chegando a passar a vida toda sem ter cometido um único pecado mortal e obviamente evitando os pecados veniais deliberados. Chegamos ao ponto crucial: evitar os pequenos pecados nos torna Santos das pequenas coisas. Mas como vamos evitar os pequenos se cometemos os grandes?
Ser Santo nas pequenas coisas exige renúncias de nossa parte! Com certeza não é esta primeira atitude da catequista que citei no primeira parágrafo! Hoje em dia é comum confiar numa "santidade" superficial, onde basta sorrir, ir em bailes, "balada Santa" e pronto, vivendo o modernismo nos tornamos "santos" nas pequenas coisas. Não! Nem pensar! Isso não é santidade verdadeira.
Humildade, obediência, submissão. São coisas que nos levam a sermos um pouco melhores. A aspirar a santidade nos pequenos detalhes. Mas não existe maneira de chegarmos a este ponto sem profunda oração, jejum, perseverança, e principalmente: Evitar qualquer espécie de pecado, principalmente os mortais.
Tem muitos exemplos de Santos que também falavam isso: São João Bosco por exemplo. Porém citarei e outro artigo. Como já dissemos todo pecado mortal nos leva ao Inferno, e são principalmente os que vão contra os 10 mandamentos, vamos relembrar os mais comuns?
1. Fornicação (impureza, adultério, sexo fora do casamento, imodéstia, sodomia, lesbianismo, pornografia, masturbação, pensamentos impuros consentidos etc).
2. Faltar a Missa aos domingos e dias de festa (dias de Preceito).
3. Utilizar qualquer método contraceptivo (camisinha, DIU, Pílula convencional, pílula do dia seguinte e o Método billings sem ter motivos para usa-lo). Sobre o método billings ele é lícito, porém sem o pensamento de contracepção, portanto recomendamos a leitura deste artigo do Padre Daniel Pinheiro no Link, para maiores esclarecimentos.
4. Para os solteiros: é pecado grave qualquer ato ou carícia entre namorados que inicie o ato sexual. Ou seja, que excite. Porque isso é uma prática apenas de pessoas unidas pelo santo matrimônio. A época do namoro é um tempo de conhecer a alma do outro, e não seu corpo. Deixo alguns artigos para melhor compreensão do assunto: Trecho do Livro Descobrindo a castidade do Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz / Pequeno Catecismo do Namoro (Fsspx) / Carícias permitidas no namoro (Padre Paulo Ricardo) / Namoro Católico - Parte I (Padre Daniel Pinheiro).
4. Para os solteiros: é pecado grave qualquer ato ou carícia entre namorados que inicie o ato sexual. Ou seja, que excite. Porque isso é uma prática apenas de pessoas unidas pelo santo matrimônio. A época do namoro é um tempo de conhecer a alma do outro, e não seu corpo. Deixo alguns artigos para melhor compreensão do assunto: Trecho do Livro Descobrindo a castidade do Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz / Pequeno Catecismo do Namoro (Fsspx) / Carícias permitidas no namoro (Padre Paulo Ricardo) / Namoro Católico - Parte I (Padre Daniel Pinheiro).
5. Aborto / Homicídio voluntário, dentre outros.
6. E qualquer outro pecado que viole os dez mandamentos, é pecado mortal!
6. E qualquer outro pecado que viole os dez mandamentos, é pecado mortal!
Aqui neste outro Link temos um bom artigo sobre como realizar uma boa confissão. Acompanhem!
Depois de evitar todos os pecados mortais, para ser santo nas pequenas coisas é preciso também evitar todos os pecados veniais deliberados. Segundo Santo Afonso de Ligório (doutor da Igreja) ¹ existem dois tipos de pecados veniais: Os deliberados (aqueles que cometemos sabendo que é pecado venial e ainda assim o fazemos, conscientes do erro - aquele pensamento errado que as vezes temos: "Ah é pecado venial apenas, então não tem problema cometer"), e também existem os pecados veniais indeliberados, que são aqueles que cometemos sem nos darmos conta! Porque o ser humano é tão pequeno e pecador, que peca até sem se dar conta, as vezes até em pensamentos. Abaixo, cito um trecho do livro citado de Santo Afonso sobre o assunto:
Depois de evitar todos os pecados mortais, para ser santo nas pequenas coisas é preciso também evitar todos os pecados veniais deliberados. Segundo Santo Afonso de Ligório (doutor da Igreja) ¹ existem dois tipos de pecados veniais: Os deliberados (aqueles que cometemos sabendo que é pecado venial e ainda assim o fazemos, conscientes do erro - aquele pensamento errado que as vezes temos: "Ah é pecado venial apenas, então não tem problema cometer"), e também existem os pecados veniais indeliberados, que são aqueles que cometemos sem nos darmos conta! Porque o ser humano é tão pequeno e pecador, que peca até sem se dar conta, as vezes até em pensamentos. Abaixo, cito um trecho do livro citado de Santo Afonso sobre o assunto:
"Os pecados veniais ou são deliberados, ou indeliberados. Estes são os que o homem comete sem pleno consentimento e claro conhecimento; os deliberados são os que se cometem com vontade livre e com olhos abertos. Não falamos aqui dos primeiros, isto é, dos que se cometem por pura fragilidade humana: destes nenhum homem fica isento: "Em muitas coisas nós todos caímos" (Tgo 3,2). Todos os homens, mesmo os santos, cometem faltas. (...) Tratamos aqui, portanto, só dos pecados veniais que são cometidos com plena deliberação. Estes, com o auxílio de Deus, podemos evitá-los todos, e assim procedem muitas almas santas que estão resolvidas a antes morrer que cometer um só pecado venial deliberadamente. S. Catarina de Gênova dizia que, para uma alma que está unida a Deus por um puro amor, o menos pecado, é mais intolerável que o mesmo inferno e de si atestava que desejaria antes ser lançada num mar de fogo do que cometer deliberadamente um só pecado venial. E com razão falam assim os santos, pois, iluminados pela luz divina, conhecem claramente que a menor ofensa de Deus é um mal maior que a morte e a aniquilação de todos os homens e anjos. "Quem terá a ousadia de dizer: isto é só um pecado venial, e, portanto não é um grande mal? pergunta S. Anselmo. Se Deus é ofendido, como se poderá afirmar que isso é um pequeno mal?" Se um súdito dissesse a seu rei: Em outras coisas obedecer-te-ei, mas neste ponto não, porque não é de grande importância, que castigo e repreensão não mereceria? S. Teresa dizia: Provera a Deus que temêssemos tanto os pecados veniais como tememos o demônio, pois eles nos podem prejudicar mais que todos os demônios do inferno. E a Santa repetia muitas vezes às suas filhas: Deus nos guarde de todo, mesmo do mínimo pecado venial deliberado". (Escola da Perfeição Cristã - Leia o artigo completo clicando aqui).
São Francisco de Sales é outro doutor da Igreja que também diz que devemos evitar todos os pecados veniais deliberados e não te nenhum afeto a eles. Leia o artigo do santo clicando aqui.³
Resumindo: ser santo nas pequenas coisas, segundo os Santos doutores da Igreja, consiste basicamente em:
1 - Evitar todos os pecados mortais;
2 - Evitar todos os pecados veniais deliberados e não ter nenhum apego a eles;
3 - Não ter apego a nossas imperfeições.
Temos imperfeições, que as vezes nem chegam a ser pecado, é apenas a miséria do ser humano. E sobre nossas imperfeições não devemos ter apego, devemos antes, detesta nossas imperfeições. São Francisco de Sales em seu livro Filoteia³ também fala sobre isso. Por exemplo, a tendência a IRA é uma imperfeição. Se você tiver controle sobre você mesma, não chega a ser pecado, mas uma imperfeição.
Finalizamos o artigo com a certeza de que demos sempre que aspirar a Santidade, lembrando que o caminho que nos leva ao céu é realmente estreito, e não é largo como o caminho do mundo. Não é fácil seguir uma vida Santa, porém é nosso dever como Cristãos batizados, e vale a pena para maior glória de nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Ser santo nas pequenas coisas não é apenas "sorrir" e ir a Missa. É devoção interior! É um profundo amor a Deus, que faz evitar todo tipo de pecado, até os menores. Porque quem ama não quer ofender o Amado, quer apenas agradá-lo, e portanto se preocupa com o MENOR pecado que seja. Segundo Santo Afonso de Ligório, alguns santos preferiam a morte a cometer um pecado venial deliberado. [4]
1 - Evitar todos os pecados mortais;
2 - Evitar todos os pecados veniais deliberados e não ter nenhum apego a eles;
3 - Não ter apego a nossas imperfeições.
Temos imperfeições, que as vezes nem chegam a ser pecado, é apenas a miséria do ser humano. E sobre nossas imperfeições não devemos ter apego, devemos antes, detesta nossas imperfeições. São Francisco de Sales em seu livro Filoteia³ também fala sobre isso. Por exemplo, a tendência a IRA é uma imperfeição. Se você tiver controle sobre você mesma, não chega a ser pecado, mas uma imperfeição.
Finalizamos o artigo com a certeza de que demos sempre que aspirar a Santidade, lembrando que o caminho que nos leva ao céu é realmente estreito, e não é largo como o caminho do mundo. Não é fácil seguir uma vida Santa, porém é nosso dever como Cristãos batizados, e vale a pena para maior glória de nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Ser santo nas pequenas coisas não é apenas "sorrir" e ir a Missa. É devoção interior! É um profundo amor a Deus, que faz evitar todo tipo de pecado, até os menores. Porque quem ama não quer ofender o Amado, quer apenas agradá-lo, e portanto se preocupa com o MENOR pecado que seja. Segundo Santo Afonso de Ligório, alguns santos preferiam a morte a cometer um pecado venial deliberado. [4]
Finalizo com uma citação bíblica e uma imagem que vale mais que mil palavras:
"Entrai pela porta estreita, porque grande e larga é a estrada que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que o encontram."
(Mateus 7, 13.14).
Salve Maria Puríssima.
(1) Escola da Perfeição Cristã - Santo Afonso de Ligório.
(2) Catecismo de São Pio X
(3) Filoteia - São Francisco de Sales.
(4) A Prática do Amor a Jesus Cristo - Santo Afonso de Ligório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Bem vindo ao nosso espaço! Os comentários antes de serem postados, passam por aprovação da moderação. Por isso lembramos aos seguidores que não serão aceitos comentários maldosos, irônicos com tom de maldade, acusações infundadas e ataques diretos e indiretos a Fé Católica e à Moral da Igreja. Salve Maria Puríssima.