A Gravidade do pecado em usar uma calça "feminina", depende da peça. Se a mulher usar uma calça modesta (o que é artigo raro hoje em dia), sem justa causa (trabalho por exemplo), seria um pecado venial por estar se vestindo com roupas de homem, e igualando os sexos. Vejam o que diz nas escrituras sagradas:
"A mulher não se vestirá de homem, nem o homem se vestirá de mulher: aquele que o fizer será abominável diante do Senhor, seu Deus". Deuteronômio 22,5
A Gravidade do pecado em usar uma calça varia conforme o grau de imodéstia da peça podendo variar do venial ao mortal. Aqui não somente pelo uso de calças imodestas, mas por exemplo, mini-saias, vestidos super curtos, e roupas similares que são gravemente escandalosas. Alguns ironicamente [sem fundamento] dizem "não é lei da Igreja a modéstia". Eu digo é sim! Já citamos diversas vezes neste blog textos de papas e também de santos a respeito. Assim diz o sexto mandamento da lei de Deus: "Não pecar contra a castidade".
Castidade significa controle do instinto sexual, ou fazer com que o apetite sexual esteja de acordo com os sexto e nono mandamentos: Não cometerás adultério; Não cobiçaras a mulher de teu próximo. Modéstia, por outro lado, é a guardiã da castidade. É freqüentemente comparada a uma muralha que nos protege a nós mesmos e aos outros contra os freqüentes ataques feitos contra a castidade. [1]
Ou seja, se alguém tem a intenção de tentar a outros pela imodéstia, é sempre um pecado mortal, não importa quão pequena a imodéstia possa ser. Vamos pensar na seguinte hipótese, muito comum no pensamento das jovens hoje em dia: Uma moça coloca uma calça justa, extremamente apertada, ou seja, já está mostrando os glúteos, pernas, e regiões genitais que ficam delineadas - contornadas. Ela sai na rua, para que os homens achem ela "bonita". Isso seria um pecado mortal, da mesma forma se ela tivesse o mesmo pensamento de mostrar o corpo com uma mini-saia ou um shorts curto. Um homem casado por exemplo olha, isso seria adultério, e a moça que usou a peça comete sim um pecado mortal pelo escândalo ter partido dela.
Deus merece sempre nosso melhor
Na realidade, não importa se é pecado ou não. Isso tem pouca importância para quem quer realmente agradar mais a Deus. Como diz o Padre Paulo Ricardo em sua última palestra sobre modéstia: "Pecado ou não, isso é coisa de quem está ainda na primeira morada." Ou seja, quando queremos agradar mais a Deus fazemos tudo da forma mais perfeita possível, e da forma que mais o agrada, e não nos contentamos com o pouco, com o "básico" para Deus. Ele merece nosso melhor. Ainda que o uso regular de calças sem justa causa não fosse pecado, uma coisa é certa: as saias longas são muito mais modestas que as calças e isso ninguém poderá nunca negar. Se são mais modestas por que não nos desapegamos do que é mundano e não nos vestimos para Deus? Por que não dar nosso melhor para ele?
É o que algumas moças fazem e são radicalmente criticadas, humilhadas por outras que não tem coragem de tomar esta atitude. Muitas não mudam seu guarda - roupas por excesso de amor próprio. Mas esse amor próprio, como dizia os santos, é o seu pior inimigo. Enquanto temos o amor próprio de ser bem visto pelo mundo, de ser aplaudido por todos, por ter um "corpão", enquanto isso ficar acima do amor a Deus, nunca teremos coragem de mudar. O fato é que agora neste artigo, não tratarei "se é pecado ou não", mas vou focar no que mais agrada nosso Senhor. Vejam esta imagem e se pergunte, se a virgem Maria fosse vestir uma roupa e viesse hoje à terra, que roupa ela vestiria? Qual destas duas opções? Qual das duas é modesta?
Alguns tentam negar o óbvio dizendo "quem falou que a saia agrada mais a Deus?" Minha filha, é só olhar para a Imagem, qual delas é modesta? Qual delas não fere a dignidade feminina? Negar isso é no mínimo desonestidade da parte da pessoa. É fato que vestidos e saias são roupas de mulheres, são modestas, e portanto por serem modestas agradam muito mais a Deus. Isso é no minimo algo lógico.
Quem ama Jesus Cristo procura desprender-se de todas as criaturas
Assim diz Santo Afonso de Ligório: "Quem quiser amar a Jesus Cristo de todo o coração, precisa expulsar do coração tudo o que não é de Deus, mais o amor próprio. Isso é o significado de "não procurar o que não lhe pertence", não procurar a si mesmo, mas só aquilo que agrada a Deus. É isto que pede o Senhor a cada um de nós: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração".
Para amar a Deus de todo o coração requerem-se duas coisas: primeira, esvaziá-lo das coisas da terra; segunda, enchê-lo do amor de Deus.
O coração no qual existe algum afeto terreno, não pode jamais ser todo de Deus. Mas como se purifica o coração das coisas terrenas? São Felipe Neri dizia que quanto de amor pomos nas criaturas, tanto tiramos de Deus. Purifica-se com as mortificações e com o desapego das coisas criadas. Certas pessoas queixam-se de que procuram a Deus e não o encontram. Ouçam o que diz Santa Teresa: "Desapeguem o seu coração das criaturas e procurem a Deus que o encontrará."
O erro está [continua Santo Afonso] em alguns quererem tornar-se santos, mas a seu modo. Querem amar a Jesus Cristo, mas conforme sua inclinação, sem deixar certos divertimentos, certas vaidades no vestir, certos alimentos apetitosos. Amam a Deus, mas se não conseguem tal emprego, vivem inquietos. Se alguém lhes toca na fama, logo se irritam. Se não saram de uma doença, perdem a paciência. Amam a Deus, mas não abandonam o apego às riquezas, às honras do mundo, à vaidade de serem tidos por pessoas de classe, sábios, melhores que os outros. Essas pessoas rezam, comungam, mas tem o coração cheio de coisas terrenas, pouco proveito tiram. A eles o Senhor não fala, por que vê que perde tempo." [2]
Esse texto de Santo Afonso é muito apropriado ao assunto, e também no que disse o Padre Paulo Ricardo, como citei anteriormente: "Essa coisa de pecado ou não pecado é coisa de gente que está ainda lá na primeira morada". Quem quer agradar a Deus vive sua vida em função de Deus, e não quer ofendê-lo com o menor pecado que seja.
Muitas pessoas não mudam sua forma de vestir, por que colocam o amor próprio acima de Deus. Seguem ao próprio ventre, querendo continuar sendo bem visto e aplaudido por todos. Não querem ser diferente, não querem desfazer-se de calças apertadas, de vestidos imodestos, não querem desfazer-se do tomara que caia, ou da legging. Querem amar a Deus, como disse Santo Afonso, mas a seu modo.
Termino este artigo com uma bela frase de outro doutor da Igreja: São Francisco de Sales. Para refletirmos sobre essa tão grande qualidade: A modéstia!
"Guarda-te cuidadosamente das vaidades e afetações, das curiosidades e das modas levianas. Observa as regras da simplicidade e modéstia, que são indubitavelmente o mais precioso ornamento da beleza e a melhor escusa da fealdade." (São Francisco de Sales).
A Mulher pode ser elegante, bonita, mas nunca vulgar!
Salve Maria Puríssima.
Fontes:
1 - Cruzada Mariana pela Modéstia - Livro: Selecta de textos sobre a modéstia.
2 - Santo Afonso de Ligório - A prática do Amor a Jesus Cristo. Página 131 a 132. Ed. Santuário.
AUTOAMOR
ResponderExcluirMuito se tem falado, nestes tempos, sobre o autoamor.
E muitos ainda não sabem o que realmente seja o autoamor, confundindo-o com egoísmo, com vaidade.
O autoamor nada tem a ver com esses sentimentos doentios, que deixam transparecer que, no íntimo da pessoa, prevalece o medo, a insegurança, em razão dos conflitos que ainda carrega em si.
O egoísta não se ama. Ele ama a posse, as suas paixões, os seus desequilíbrios.
No entanto, o amor verdadeiro é o combustível da vida. É ele que nos sustenta na caminhada do progresso que almejamos.
O amor é de essência Divina, é o sentimento mais sublime que se pode conceber.
Reclama-se da falta de amor verdadeiro na face da Terra, porque muitos esperam apenas receber amor, poucos se dispõem a vivenciá-lo, a doá-lo.
Muitos nem sequer sabem que aquele que não se ama, não consegue amar a ninguém, pois não se dá daquilo que não se tem.
Jesus recomendou que amássemos ao próximo como a nós mesmos.
Como fazer isso, quando não se possui o parâmetro do amor a si mesmo?
Muitos pensam que o amor deve ser buscado lá fora, mas é dentro de si mesmo que está a fonte desse recurso.
Deus é Pai de amor e bondade, e como filhos Seus, todos possuímos essa semente, esperando ser cultivada para germinar.
Cada qual deve desenvolver a chance de deixar crescer e florescer o amor que traz em si.
Quando a criatura se ama, ela se respeita, se valoriza, aprende a selecionar atitudes e escolhas que lhe façam bem.
Quanto mais se ama, mais se desliga de crenças, de dependências, de pessoas e situações prejudiciais.
Autoamor dá equilíbrio interior, propicia crescimento intelectual, espiritual, emocional, moral.
O autoamor nos detém ante vícios e abusos de qualquer ordem.
O autoamor permite engrandecimento e sublimidade nos projetos de vida.
Para isso, importante buscar o autoconhecimento, avaliar posturas, sentimentos, ações, e mudar o que precisa ser mudado.
A meditação, por alguns minutos diários, permite essa viagem interior.
Descobre-se que a maioria dos problemas que se enfrenta não está nos outros, mas no nosso próprio íntimo.
A meditação permite que se observe, em nós, as causas e as soluções para os nossos problemas.
Percebe-se então, quem realmente somos, e o que precisamos mudar em nosso interior, propiciando oportunidades de crescimento.
Mesmo que nos assustemos com o que somos, fujamos da culpa e do remorso.
O autoperdão é fundamental nesse processo.
É importante a aceitação de quem somos para podermos realizar a autotransformação.
Usemos o momento atual para agir acertadamente, trabalhando a melhoria que almejamos.
A Doutrina Espírita alerta para que sejamos hoje melhores do que fomos ontem, e amanhã, melhores do que somos hoje.
Conhecendo-nos, nos aceitando, nos melhorando, acabaremos por nos amar.
Em nos amando, estaremos habilitados a amarmos ao próximo conforme a Lei nos pede.
Amando-nos e amando ao próximo, perto estaremos de amar a Deus!
Redação do Momento Espírita.
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