Ofereçamos a DEUS sacrifícios de louvor!
Sacrifiquemo-nos por ELE que viveu aqui, neste vale de lágrimas, rodeado somente de opróbrios e sofrimentos... Para que sejamos salvos.
Queridos, rezemos muito; rezemos o Rosário diariamente, façamos comunhões reparadoras ao Imaculado Coração de Maria, como Ela pediu insistentemente em Fátima.
«DEUS já está muito ofendido, não ofendam mais a Nosso Senhor!»(Ir. Lúcia dos Santos) |
Purifiquemos também os nossos costumes!
A integridade nos COSTUMES, sobriedade nas ATITUDES, austeridade na MORTIFICAÇÃO, constância na ORAÇÃO e tenacidade no DESPRENDIMENTO.
Façamos uma boa e útil reflexão sobre o longo tempo que DEUS nos permitiu estamos vivendo ainda, e não O desapontemos. E se não possui tal desejo, rezes sempre: "Deus meu, ainda sou tão carnal e apegado as coisas da terra, por isso, quero odiar a doutrina mundana e amar Vossa santa doutrina; auxiliai-me no combate!"
E que acabem os discursos embebidos de amor-próprio, vaidade e luxúria [que diz ser] sobre a modéstia!
A verdadeira modéstia é o desprezo de si mesmo e a FUGA DE SER APRECIADO PELO MUNDO, buscando se vestir e comportar de acordo com o que VOCÊ é: mulher ou homem.
Nem desleixo e nem vulgaridade: aí está a virtude da modéstia.
E com Tomás de Kempis suspiremos: «Oh! Quão humilde e baixo conceito devo formar de mim próprio! E quão pouca conta devo ter o bem que possa haver em mim! Quão profunda deve ser a minha submissão a Vossos insondáveis juízos, Senhor, se outra coisa não sou que nada e puro nada! Onde se refugiará, pois, a minha soberba? Onde a presunção de alguma virtude? Sumiu-se toda a vanglória na profundeza dos Vosso juízos. Que é toda carne em vossa presença? Porventura gloriar-se-á o barro contra quem o formou?» (Imitação de Cristo. liv. III, cap. 14, 3-4)
Achas palavras que escrevo belas? Cuida-te. Herodes também apreciava as palavras de São João Batista, mas no fim das contas atendeu aos desejos sensuais da filha de Salomé: a cabeça decapitada de João numa bandeja. (Cf. Mateus, 14,1-12)
O bom Deus feito-Homem, Jesus Cristo, nos adverte:
«Rejeitai, pois, toda impureza e todo vestígio de malícia e recebei com mansidão a palavra em vós semeada, que pode salvar as vossas almas. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos.
Aquele que escuta a palavra sem a realizar assemelha-se a alguém que contempla num espelho a fisionomia que a natureza lhe deu: contempla-se e, mal sai dali, esquece-se de como era.
Mas aquele que procura meditar com atenção a lei perfeita da liberdade [1] e nela persevera - não como ouvinte que facilmente se esquece, mas como cumpridor fiel do preceito -, este será feliz no seu proceder.
Se alguém pensa ser piedoso, mas não refreia a sua língua e engana o seu coração, então é vã a sua religião.» (Tiago, 1,21-25)
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Nota:
(1): A lei da liberdade de espírito a que Jesus se refere deve ser explicada e bem compreendida, pois o homem dado às coisas exteriores e mal mortificado tem a inteligência obscurecida, o que ocasiona mil desordens, como Tomás de Kempis explica:
«Não há verdadeira liberdade nem perfeita alegria, sem o temor de Deus e Boa consciência. Ditoso aquele que pode apartar de si todo estorvo das distrações e recolher-se com santa compunção. Ditoso aquele que rejeita tudo que lhe possa manchar ou agravar a consciência. Peleja varonilmente: um costume com outro se vence. [..]»
(Imitação de Cristo. liv. I, cap. 21, 2)
E aqui colocamos uma oração dita pelo mesmo Tomás de Kempis, para alcançar a liberdade de espírito:
«A alma: Senhor, é próprio do varão perfeito: nunca perder de vista as coisas celestiais, e passar pelos mil cuidados, como que sem cuidado, não por indolência, mas por um privilégio duma alma livre, que não se apega, com desordenado afeto, a criatura alguma.
Peço-vos, ó meu benigníssimo Deus! Preservai-me dos cuidados desta vida, para que não me embarace demasiadamente neles; das muitas necessidades do corpo, para que não me escravize a sensualidade; e de todas as perturbações da alma, para que não me desalente sob o peso das angústias. Não falo das coisas que a vaidade humana busca tão empenhadamente, mas das misérias que, pela maldição comum de todos os mortais, penosamente oprimem a alma de vosso servo, e a impedem de elevar-se à liberdade perfeita de espírito, sempre que o quiser.
Ó meu Deus, doçura inefável! Convertei-me em amargura toda consolação carnal, que me aparta do amor das coisas eternas e me fascina pelo encanto de um prazer momentâneo. Não me vença, Deus meu, não me vença a carne e o sangue; não me seduza o mundo, com sua glória passageira; não me faça cair o demônio, com sua astúcia. Dai-me força para resistir, paciência para sofrer, constância para perseverar. Dai-me, em lugar de todas as consolações do mundo, a suavíssima unção do vosso espírito e, em lugar do amor terrestre, infundi-me o amor de Vosso nome!
O comer, o beber, o vestir e outras coisas necessárias ao corpo são um peso para a alma fervorosa. Concedei-me usar com moderação de tais lenitivos, sem me prender a eles com demasiado afeto. Não é lícito rejeitar tudo, pois devemos sustentar a natureza; mas buscar as coisas supérfluas e o que mais delicia, proíbe-o vossa santa lei, porque de outro modo a carne se rebelará contra o espírito. Entre estes dois extremos, Senhor, peço-vos que me dirijas e governes na vossa mão, para que não pratique algum excesso.»
(Imitação de Cristo. liv. III, cap. 26, 1-4)
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