A Grande maioria das mulheres hoje, não tem noção do que seja realmente a modéstia Católica, para que ela serve, e os motivos que a imodéstia é tão prejudicial ao ser humano. As vezes ao simplesmente dizer o que é a modéstia exterior (vestimentas), muitas pessoas nos acusam de fariseus, de antiquadas, loucas, e etc. A primeira vista se torna algo distante do mundo daquela pessoa, algo quase impossível.
Aos poucos vamos percebendo o motivo disso ocorrer: a pessoa já viveu naquela sociedade, nasceu e foi educada desta forma pelos pais, desde pequenas. Estas pessoas não tem noção do que seja realmente a modéstia e no que ela tem influencia (por exemplo em nossas atitudes), e acaba por achar que é algo descartável, ou ainda que deve ser mais flexível e se adaptar com a moda atual.
A “modéstia e o pudor” no campo cultural possuem grandes inimigos: maçonaria, marxismo, feminismo, programas de televisão, moda imodesta e toda a indústria pornográfica. É verdadeiramente difícil encontrar pessoas que tenham real noção do tamanho do problema, porque elas simplesmente já nasceram inseridas nesta cultura neo-pagã.
Esta batalha cultural está sendo miseravelmente perdida porque o mal articulou-se e organizou-se de tal forma criteriosa, promovendo a degradação moral, que uma roupa que era imodestamente chocante para uma avó, tornou-se absolutamente comum para as respectivas netas dela irem até mesmo assistir à Santa Missa.
Enquanto isso, os católicos pouco ou nada têm feito para irem contra toda esta onda demoníaca (isso quando não acabam ainda incentivando tudo o que está errado!), pois a maioria das pessoas adaptaram-se à forma imoral de vestir-se de nossa sociedade decaída e, apegadas ao estilo sensual e atraente, não estão dispostas a mudarem.
Já no início do século XX, diversos papas, sequenciadamente, alertaram contra os perigos das roupas imodestas e imorais que estavam surgindo naquela época. Mas, ignorando os avisos dos papas, a sociedade secular e os católicos mundanos responderam dizendo que o modo de vestir devia ser determinado pelos “costumes e estilos de tempo, lugar e circunstâncias”. [1] Há de se pensar aqui, que a imodéstia condenada por eles, nem chega perto do que vemos hoje. A imodéstia condenada por eles, são alguns centímetros do vestido, ou o tamanho das mangas, ou ainda um pouco mais no decote. Quem diria se estes mesmos papas e sacerdotes, tivessem presenciado o que nós vemos hoje nas ruas: Legging, shorts curto na virilha, shorts de renda (parecendo roupa de baixo), calças jeans colantes marcando as partes íntimas, etc.
É realmente muito triste perceber que, mesmo depois de ser notavelmente evidente que houve uma grande degradação de valores, este argumento continua a ser utilizado até hoje pelos católicos e não-católicos que pouco estão dispostos ou preocupados em melhorar a moral da sociedade.
Não estamos querendo dizer que seja errado se observar o costume, lugar e circunstâncias na hora de se vestir, pois consideramos coerente o que afirmou São Francisco de Sales, em Filotéia [3]: “No tocante à matéria e à forma dos vestidos, a decência só se pode determinar com relação às circunstâncias do tempo, da época, dos estados ou vocações, da sociedade em que se vive e das ocasiões”. Até porque acreditamos que ainda há possibilidade de se vestir com as circunstâncias e, mesmo assim, não se aderir de forma alguma à imodéstia nas vestimentas.
O problema, entretanto, está em seguir “costume, lugar e circunstâncias” tomando por base e modelo a cultura e os costumes anticristãos criados ou então transformados segundo a vontade e imposição dos inimigos da Igreja.
Neste sentido, há que se refletir seriamente que existem ambientes que sequer deveriam ser frequentados pelos católicos. Que se dirá, então, no que se diz respeito ao vestir-se em acordo com àquele “lugar e circunstância”? Parece justificável, por exemplo, que uma católica vá a um baile funk de saia curta e sem usar roupa íntima porque lá este é o costume? Ou ainda, que vá à praia usando biquíni fio-dental se este é também o costume?
Mesmo assim, infelizmente, basta observamos um pouco, para notarmos flagrantemente que muitas católicas mundanas ainda hoje se justificam na forma imodesta de se vestir, argumentando que estão adequadas segundo o “costume, lugar e circunstância”. Mas, certamente São Francisco de Sales não concordaria com isto; até porque, por mais que forçosa e desonestamente se afirme que, por exemplo, calças legging sejam modestas segundo o costume e cultura atuais, mesmo assim podemos dizer que são peças que ferem assombrosamente o pudor, e o mesmo se poderia dizer dos biquínis e tantas outras peças de roupas. Como as virtudes não estão separadas, mas caminham juntas, é impossível que algo despudorado seja modesto.
Ainda há outra explicação, no texto citado acima, o Santo Doutor da Igreja, afirma que "os vestidos" devem se adaptar conforme a época, e as circunstâncias, (obviamente evitando qualquer imodéstia nas vestimentas, ele nem imaginava as modas imodestas que estavam por vir, que é o que estamos vivenciando hoje). Portanto ele cita vestidos, o título do artigo dele é "Decência dos vestidos" e não de vestimentas masculinas [calças][2]. Tanto é que ele continua logo em seguida à esta frase citada:
"É uso geral vestir-se melhor nos dias de festa, à proporção de sua solenidade, ao passo que no tempo da penitência, como na Quaresma, se escusa muita coisa. Os dias de casamento e os de luto têm igualmente grande diferença e regras peculiares. Achando-se na corte de um príncipe, o vestuário terá mais dignidade e esplendor do que quando se está em casa. Uma mulher pode e deve se enfeitar melhor quando está com seu marido, sabendo que ele o deseja; mas, se o fizesse em sua ausência, haveria de perguntar-se a quem quererá agradar com isso".
Lendo o versículo completo percebemos exatamente o que São Francisco de Sales quis dizer com "épocas e circunstâncias", e de forma alguma ele apoiou legging e shorts pela virilha, que hoje em dia (391 anos depois da morte dele) tantas mulheres usam.
A Degradação da Sociedade anticristã
A lógica é simples: os inimigos da Igreja planejam criteriosamente como destruir a moral, e vão conseguindo pequenos e sequenciados sucessos. Mas, enquanto eles certamente só ficariam satisfeitos quando vissem a sociedade chegando ao nível em que pedofilia, zoofilia, orgias e demais depravações fossem publicamente abertas e aceitas, a grande maioria dos católicos, por comodismo, falta de noção ou tão somente por apego à vaidade e sensualidade, estão dispostos a continuarem oferecendo gradativas vitórias aos inimigos, a partir do momento em que se escandalizam e rejeitam tão somente ‘o que há de mais vulgar’. Assim, facilmente uma católica desta linha não aceitaria a ideia do topless ou do biquíni fio dental, mas se a este fossem adicionados, literalmente, somente mais alguns pouquíssimos centímetros, já se sentiria plenamente aceitável e moralmente justificada. Não seria de espantar se ocorresse que a neta desta suposta mulher católica já fosse naturalmente “adepta ao topless, mas contra o sexo público”, enquanto que a bisneta dela já aceitasse esta última opção sem maiores problemas.
Se pensa que estamos exagerando, prontamente diremos que não! Pois, se tudo, para a sociedade e católicos mundanos, vier a resumir-se em nos adequarmos aos “costumes e estilos de tempo, lugar e circunstâncias” (de modo descuidado e ignorando os valores cristãos), chegar-se à aceitação da depravação completa, torna-se apenas uma questão de tempo, visto que quem está ditando todas as regras, valores e costumes são exatamente os inimigos da Igreja. Isto não parece ser tão óbvio?
Não é brincadeira, observar como a degradação moral, a perda dos valores, os planos maçônicos, a secularização e o marxismo cultural foram tão profundos e conseguiram tão prósperos triunfos quando vemos uma rede de televisão católica exibir em horário de almoço, sem nenhuma espécie de censura, mas, pelo contrário, de modo aberto e livre, uma reportagem sobre “pole dance”. Percebe a que nível chegou-se?
Em outro programa, deste mesmo canal católico, vê-se mulheres fazendo exercícios, usando roupas imorais, completamente coladas ao corpo, tais como calças legging, sujeitando-se a serem filmadas em posições constrangedoras e inadequadas.
Neste último aspecto, desejamos alertar-te de que existem alguns falsos apostolados de modéstia, embora poucos, que toleram ou até chegam ao absurdo de apresentarem calças legging como se fossem uma vestimenta modesta!
É aqui onde o “projeto de degradação moral”, realizado pelos inimigos da Igreja, alcança uma de suas maiores vitórias: quando começamos a encontrar "católicos" que defendem o imodesto como se fosse modesto. Para vencer esta batalha cultural e resgatar os valores morais e cristãos, acreditamos que seja necessário uma grande força contrária a tudo o que é imodesto. Se houverem concessões, temos já total chance de perder completamente, pois o mal e os inimigos da Igreja jamais fazem concessões, mas, pelo contrário, estão sempre impondo níveis morais cada vez mais devassos, e procurando corromper as pessoas já desde criança, e cada vez mais cedo.
Será possível, que reverteremos este quadro tão adverso simplesmente “adequando-se aos tempos atuais” e rejeitando, a cada ano ou tempo, apenas o que houver de mais imodesto? Pensamos que não, e é aqui onde vemos o perigo.
A Modéstia do Futuro o que seria?
Se na época de nossas avós, calças coladas eram indecentes, e mostrar as pernas acima dos joelhos era coisa apenas de mulher vulgar ou prostituta, e nossa época não vê problema algum nisso, o que será visto como normal daqui a uns 50 anos? 100 anos?
Não parece óbvio que cada vez mais as mulheres estão mais promíscuas, e cada vez mais a tendência é mostrar o corpo?
Existem falsos apostolados que ensinam exatamente o que explanamos aqui de forma clara, ensinam que a modéstia varia conforme o tempo, e que o era escandaloso a alguns anos atrás é modesto hoje, por que temos que "nos adaptar" á época que vivemos. Ora, seguindo este mesmo raciocínio, não me admiraria que estes mesmos apostolados daqui a alguns anos, estejam defendendo o shorts na virilha como sendo algo modesto, ou quem sabe o topless nas praias. Isso irá ocorrer, quem sabe daqui a uns 2 ou 3 anos.
E você? Vai remar contra a corrente? Ou vai continuar seguindo o caminho largo?
Fontes:
[1] Para entender esta questão, sugerimos a leitura do seguinte documento: A Corrupção Moral através da Moda Imodesta
[2] Acerca das calças, recomendamos as leituras:
[3] Filotéia - Introdução à Vida Devota - São Francisco de Sales.
